A APRAM resolveu instituir este dia como aquele em que se celebra o 'Dia do porto' como forma de evocar a data de 18 de julho de 1962, altura em "os madeirenses conseguiram ver a concretização de uma aspiração de séculos: finalmente, a região passava a dispor de um porto com condições para a acostagem de navios e o imprescindível serviço de fornecimento de combustível líquido à navegação".
Este dia terá uma série de iniciativas que se iniciam pela tarde de hoje, com o culminar a acontecer com uma parada náutica.
Mas a primeira data de evocação do porto do Funchal e do cais da 'Pontinha' datam já do século XVII (1652), ano em que é dada a ordem de edificação da Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição do Ilhéu pelo Governador Capitão-General Bartolomeu de Vasconcelos da Cunha, de acordo com a informação fornecida à Lusa pela Direção Regional de Cultura.
Obras essas que começam dois anos depois, num local ainda hoje existente e que faz parte do historial da cidade.
Mais tarde, no reinado de D. José I, este emana uma ordem, em carta régia, para o "estudo de obras e de exploração do porto do Funchal".
De 1762 datam "as primeiras obras realizadas de ligação do ilhéu da Pontinha (Forte de São José) a terra, ficando o porto do Funchal a dispor, então, do seu primeiro cais de desembarque".
Entre temporais (em 1891 e 1892), a obra foi avançando para aquilo que hoje se vislumbra de qualquer ponto da cidade e entre outubro de 1934 e até 1939 dá-se "o período de realização das obras de prolongamento do molhe do porto do Funchal, em 317 metros".
A 28 de agosto de 1953 é a data "do parecer do Conselho Superior de Obras Públicas, que se pronunciou unanimemente no sentido de se dotar o porto de um molhe que desse abrigo e acostagem a grandes paquetes e de se criarem as condições necessárias ao cómodo abastecimento de óleos à navegação".
Estava decidido o futuro do porto do Funchal, numa estrutura que ainda hoje se mantém, com o acrescento da gare de passageiros, obra edificada em 31 de maio de 2010.
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