Israel foi o país que obteve maior pontuação (529 pontos), atribuída pelos espetadores de cada país e pelos júris nacionais dos 43 países que participaram na edição deste ano, embora apenas 26 canções tenham competido na final. No segundo lugar ficou o Chipre, com 436 pontos, e na terceira posição a Áustria, com 342 pontos.

Recorde aqui a atuação de Netta: 

A 63.ª edição do Festival Eurovisão da Canção tem um orçamento estimado entre os 19,7 milhões e os 20,1 milhões de euros e é a mais barata desde 2008, segundo a organização.

A canção da Áustria liderava a tabela de pontuação após a votação dos júris nacionais, com 271 pontos, enquanto a de Israel era 3.ª, com 212 pontos, e a do Chipre 5.ª, com 183 pontos.

Na votação do público, Israel obteve 317 pontos, suficientes para vencer, sendo a canção do Chipre a segunda mais votada pelos espetadores. O tema da Áustria não foi além da 13.ª posição na votação do público.

O prémio foi entregue, como manda a tradição, pelo vendedor da edição passada Salvador Sobral. Recorde-se de que o músico português, numa entrevista ao jornal Público, disse considerar a música “horrível”.

Esta foi a quarta vez que Israel venceu o concurso, depois dos triunfos em 1978, 1979 e 1998, neste último ano com o tema “Diva”, interpretado pela transsexual Dana International.

O desfile das canções ficou marcado pela invasão do palco por um elemento do público durante a atuação do Reino Unido. Um homem retirou o microfone à cantora SuRie quando esta defendia o tema “Storm”, impedindo-a de cantar durante cerca de 20 segundos. O ‘invasor’ ainda conseguiu dizer algumas palavras ao microfone, mas acabou por ser retirado por seguranças.

A organização, em comunicado divulgado através do ‘twitter’, lamentou o sucedido e anunciou que o homem se encontra “sob custódia policial”.

Foi dada a possibilidade ao Reino Unido de repetir a atuação, mas a delegação inglesa decidiu não o fazer “por estar extremamente orgulhosa da atuação” e considerar não haver “razão absolutamente nenhuma para apresentar a canção novamente”.

Nos ensaios da primeira semifinal, a tentativa de fazer um mortal em palco acabou por levar o interprete da República Checa, Mikolas Josef, ao hospital. Na primeira semifinal, na terça-feira, foi impedido pelos médicos de voltar a tentar repetir a façanha, mas hoje arriscou e correu bem.

Além de Cláudia Pascoal e Isaura, estiveram em palco mais dois portugueses em competição, já que Ricardo Soler e Kiko Pereira fizeram parte do coro que acompanhou o concorrente da Áustria, Cesar Sampson.

Durante a final, atuou o vencedor do ano passado, Salvador Sobral, primeiro a solo, acompanhado ao piano por Júlio Resende, para apresentar ao vivo o seu novo ‘single’ “Mano a Mano”.

Depois, Caetano Veloso juntou-se à dupla em palco, para cantar com Salvador Sobral “Amar pelos Dois”, tema que valeu a Portugal no ano passado a primeira vitória no concurso.

Pelo palco da Altice Arena passaram ainda as fadistas Ana Moura e Mariza, a dupla Beatbombbbers, campeões mundiais de ‘scratch’, e ‘Som de Lisboa’, que junta Branko, Mayra Andrade, Sara Tavares, Plutónio e Dino D’Santiago.

A assistir à final esteve o primeiro-ministro, António Costa, e os ministros da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, das Finanças, Mário Centeno, e da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

Portugal, por ser o país anfitrião, teve entrada direta na final, bem como Espanha, Reino Unido, Alemanha, Itália e França, os países que contribuem com mais verbas para a União Europeia de Radiodifusão (EBU, na sigla em inglês), que organiza o concurso, ficando assim isentos das semifinais.

A organização estimou previamente que cerca de 200 milhões telespetadores assistiriam à final.