A lista longa do prémio, hoje revelada, é composta por “I Live in the Slums”, da chinesa Can Xue, “At Night All Blood is Black”, do franco-senegalês Davip Diop, “The Pear Field”, da georgiana Nana Ekvtimishvili, “The Dangers of Smoking in Bed”, da argentina Mariana Enríquez, “When We Cease to Understand the World”, do chileno Benjamín Labatut, e “The Perfect Nine: The Epic Gikuyu and Mumbi”, do queniano Ngũgĩ wa Thiong'o, que é o primeiro autor na história do prémio a traduzir a própria obra.
Também surgem nomeados “The Employees”, da dinamarquesa Olga Ravn, “Summer Brother”, do holandês Jaap Robben, “An Inventory of Losses”, da alemã Judith Schalansky, “Minor Detail”, da palestiniana Adania Shibli, “In Memory of Memory”, da russa Maria Stepanova, “Wretchedness”, do checo-polaco Andrzej Tichý, e “The War of the Poor”, do francês Éric Vuillard.
Dos 13 nomeados, dois estão publicados em Portugal: “Um Terrível Verdor”, de Benjamín Labatut (lançado pela Elsinore em janeiro do ano passado), e “A Guerra dos Pobres”, de Éric Vuillard (editado pela Dom Quixote em março de 2020).
Os nomeados ao prémio Booker Internacional deste ano foram escolhidos por um painel composto pela historiadora Lucy Hughes-Hallett, que presidiu, pela jornalista Aida Edemariam, pelo escritor Neel Mukherjee, pela professora de História da Escravatura Olivette Otele e pelo poeta e tradutor George Szirtes.
“Os autores atravessam fronteiras, tal como os livros, recusando-se a ficar quietos em categorias separadas de forma rígida. Lemos livros que foram como biografias, como mitos, como ensaios, como meditações, como trabalhos históricos – cada um transformado numa obra de ficção pela energia criativa da imaginação do autor”, afirmou a presidente do júri, num comunicado divulgado pela organização.
Os finalistas do prémio vão ser anunciados no dia 22 de abril e o livro vencedor é revelado no dia 02 de junho, numa cerimónia virtual.
O prémio de 50 mil libras (58 mil euros) é distribuído pelo autor e pelo tradutor da obra.
No ano passado, o livro vencedor foi “The Discomfort of Evening”, de Marieke Lucas Rijneveld, dos Países Baixos, com tradução de Michele Hutchison.
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