“Aprendi a escrever contos ao escrever crónicas e reportagens”, disse um dia Gabriel García Márquez. Para o escritor colombiano que ganhou o Nobel em 1982, a literatura e o jornalismo viajavam lado a lado, motivo que o levou, vinte anos depois do prémio, a criar a Fundação Novo Jornalismo Iberoamericano com o objetivo de apoiar quem vive de contar histórias reais.
A fundação, agora conhecida pelo nome do escritor, organiza um prémio anual "para o Novo Jornalismo Ibero-americano", lê-se na página. Este prémio tem como objetivo "incentivar a busca pela excelência e inovação, o rigor nas abordagens dos factos, e a coerência ética no jornalismo inspirados pelos ideais e obras de Gabriel García Márquez e na dinâmica de inovação, criatividade e liderança que caracterizam a cidade de Medellín, na Colômbia".
De acordo com Jaime Abello, diretor-geral da Fundação Gabriel García Márquez, este é um prémio que pretende dar visibilidade e celebrar conquistas, estimular vocações e talentos, monitorizar tendências e compartilhar guias e modelos do melhor jornalismo feito nesses idiomas.
As inscrições para esta sexta edição estão a decorrer até dia 24 de maio e podem concorrer trabalhos em língua portuguesa ou espanhola que tenham sido publicados entre 1 de abril de 2017 e 31 de março de 2018, em qualquer formato ou meio de comunicação, desde que pertencendo a uma das quatro categorias previstas: Texto, Imagem, Cobertura e Inovação.
Os trabalhos serão avaliados por jornalistas internacionais, sendo depois escolhidos dez nomeados, três finalistas e um vencedor para cada categoria. Cada um dos quatro vencedores do Prémio Gabo — diminutivo pelo qual é conhecido o escritor — irá receber 33 milhões de pesos colombianos (cerca de 9.740 euros) e um exemplar da escultura Gabriel, de autoria de Antonio Caro. Os restantes dois finalistas de cada categoria receberão cada um 6 milhões de pesos colombianos (aproximadamente 1.770 euros).
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