Desde agosto em Montreal, no Canadá, a conhecer e a aprender a realidade da maior companhia de circo do mundo, a jovem da Maia deixou para trás a família e o Acro Clube da Maia para partir em busca do seu sonho, concretizado aos 18 anos.

"Claro que sinto ansiedade, mas é mais por querer ir para o palco e fazer o meu trabalho", descreveu Jessy, que quer, acima de tudo "desfrutar do momento", elogiando a colaboração que recebeu dos seus novos colegas, de quem disse a "ajudaram imenso" e são "excelentes artistas e pessoas".

A sua primeira atuação no "slippery surface" do Varekai vai ocorrer no segundo dos espetáculos do Cirque du Soleil na capital da Bielorrússia, depois de inicialmente ter estado prevista para Riga, na Letónia, a 20 de setembro.

"Para além da atuação onde participo, existem vários momentos mais à base de coreografia com diferentes fatos onde também atuarei", explicou daquele que será o culminar de uma ambientação em que "o mais difícil é todas as semanas estar em viagem".

Desde que integrou a trupe e no âmbito da sua preparação, Jessica Correia já viajou para a Noruega, Suécia, Estónia e Letónia, treinando e observando em palco as atuações dos restantes colegas.

A antiga ginasta portuguesa garantiu à Lusa que "tem aprendido um pouco todos os dias, observando e absorvendo tudo", justificando-o pelo facto do "mundo do espetáculo ser muito diferente do da competição".

"Aqui tens de ser autónomo o suficiente para saber o que precisas de fazer para melhorar e estar bem no momento do espetáculo", descreveu Jessy, de uma disciplina comportamental que começa no facto de "ninguém dizer para fazer isto ou aquilo ou quando deves treinar".

E sublinhou: "És tu que tens de saber o que precisas de fazer e, claro, acima de tudo estar feliz com o que fazes".