Álvaro Laborinho Lúcio é o convidado do próximo encontro do clube de leitura É Desta Que Leio Isto, a ocorrer no dia 28 de abril, pelas 21h.
Magistrado de formação — é mestre em Ciências Jurídico-Civilísticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra —, Laborinho Lúcio tem-se destacado ao longo da vida pela variedade de cargos que desempenhou e de projetos que integrou.
No que toca à sua carreira literária, depois de publicar vários livros e artigos versando sobre questões da justiça e dos direitos humanos — entre os quais se destacam "O Julgamento. Uma Narrativa Crítica da Justiça" (Dom Quixote, 2012) e, em coautoria, "Levante-se o Véu" (Oficina do Livro, 2011) — enveredou pela ficção literária, estreando-se em 2014 com "O Chamador", editado pela Quetzal.
Seria através desta editora que publicaria nos anos seguintes "O Homem Que Escrevia Azulejos" (2016, finalista do Prémio Fernando Namora 2017) e "O Beco da Liberdade" (2019). "As Sombras de uma Azinheira", lançado em fevereiro deste ano, é descrito pela Quetzal como uma obra que, através de duas personagens, pai e filha, escalpeliza o antes e o depois da Revolução dos Cravos.
"Portugal, nos quarenta e cinco anos que antecederam o 25 de Abril, contado através da história familiar e política de João Aurélio; e Portugal, nos quarenta e cinco anos que se seguiram à revolução, narrado pelo percurso indagador de Catarina. Entre estas e muitas outras personagens extraordinárias — e a inerente diversidade de olhares e perspetivas, passados e presentes — se conta a história da cisão entre pai e filha e a da relação entre a «azinheira» e as suas sombras", lê-se na sinopse.
Em 1990, Laborinho Lúcio integrou o Governo de Cavaco Silva, assumindo as pastas de Secretário de Estado da Administração Judiciária e de Ministro da Justiça até 1995, ano em que foi eleito deputado à Assembleia da República como independente pelo PSD. Já em 2003, foi Ministro da República para os Açores, durante a Presidência de Jorge Sampaio.
No seu percurso na justiça, começou como delegado do Procurador Geral da República, tornando-se mais tarde Procurador da República, Inspetor do Ministério Público, Procurador-Geral Adjunto da República e Diretor da Escola de Polícia Judiciária e do Centro de Estudos Judiciários. Atualmente, é juiz conselheiro jubilado do Supremo Tribunal de Justiça e já assumiu também funções como professor convidado de Direito Penal na Universidade Autónoma de Lisboa.
Laborinho Lúcio distingue-se também pela sua participação cívica ativa e pelas iniciativas de que fez parte na sociedade civil, particularmente direcionadas para os direitos da criança. Não só é membro dirigente de várias associações, entre as quais se destacam a APAV e a CRESCER-SER, de que é sócio fundador, como faz parte da recém-formada comissão independente para investigar os abusos sexuais na Igreja Católica portuguesa.
Foi ainda agraciado tanto pelo rei de Espanha, com a Grã-Cruz da Ordem de S. Raimundo de Peñaforte, como pelo presidente da República Portuguesa, com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo. É também membro da Academia Internacional da Cultura Portuguesa e doutor honoris causa pela Universidade do Minho.
Para se inscrever no encontro basta preencher o formulário que se encontra neste link. No dia do encontro receberá um e-mail com todas as instruções para se juntar à conversa.
Além disso, pode ficar a par de tudo o que acontece no clube de leitura através deste link.
Comentários