A intervenção naquele espaço, datado de 1754, visa o tratamento de todos os elementos existentes no seu interior: madeiras estruturais e madeiras pintadas, telas pintadas lisas e figurativas, relevos dourados, espelhos e vidros, pavimentos em pedra e em madeira, bem como o conjunto de luminárias constituído por diversos lustres.

Estão igualmente previstos trabalhos de recuperação na zona da cobertura e renovação de algumas infraestruturas, como a modernização das redes de energia, telecomunicações, iluminação e deteção de incêndios e expansão do sistema de videovigilância, para aumentar a segurança, eficiência energética e a adequação estética daqueles elementos.

Em comunicado, a Parques de Sintra destaca os “padrões de elevado rigor científico e técnico” que serão usados na conservação e restauro daquele “conjunto patrimonial de elevado valor”.

“Dadas as diferentes e variadas especialidades artísticas presentes na sala, a Parques de Sintra recorreu ao Laboratório José de Figueiredo, da Direção-Geral do Património Cultural, para apoio concreto na definição dos trabalhos a realizar nos elementos em tela, madeira e vidros pintados com elementos figurativos”, acrescenta a empresa, criada em 2000, no seguimento da classificação pela UNESCO da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade.

Seguindo a política de “Aberto para Obras” da empresa, foi criado um túnel de circulação com janelas revestidas a acrílico que permitirá aos visitantes acompanharem a ação de conservação e restauro em curso.

Inicialmente designada por Barraca Rica, Sala das Colunas, das Serenatas, dos Serenins e Galeria, foi só após 1794 que esta dependência do palácio passou a ser conhecida como Sala das Talhas e Sala dos Embaixadores.

Nessa data, a família real fixou residência em Queluz, até 1807, ano da partida para o Brasil, e a sala foi utilizada pelo Príncipe Regente para o seu Beija-Mão e audiências do corpo diplomático e ministros estrangeiros, razão por que passou a ser conhecida por Sala dos Embaixadores.