Este ano assinala-se a 62.ª edição do concurso, no qual Portugal participou a primeira vez em 1964, tendo entretanto falhado cinco edições (em 1970, 2000, 2002, 2013 e 2016).
Das 48 canções portuguesas que concorreram ao Festival da Eurovisão, nove ficaram nos dez primeiros lugares, tendo um sexto lugar, em 1996, sido a melhor classificação de sempre. Este ano, esse recorde pode ser quebrado, a avaliar pelas apostas que há vários dias colocam Portugal como favorito a ocupar o segundo lugar do pódio.
No 'site' eurovisionworld.com, que faz uma média de várias casas de apostas, Portugal ocupava, até quinta-feira e desde 6 maio, o segundo lugar do pódio, liderado por Itália desde 18 de fevereiro. No mesmo 'site', é perguntado aos internautas quem irá vencer o festival: até quinta-feira, 19% escolhem Portugal, 14% Itália e 07% a Bélgica.
A melhor classificação portuguesa num Festival da Eurovisão foi obtida por Lúcia Moniz, em 1996, com a música “O meu coração não tem cor”, tendo esta sido também a última vez que Portugal ocupou um lugar no top 10.
A primeira vez foi em 1971, com a música “Menina do alto da serra”, interpretada por Tonicha, a conseguir alcançar um 9.º lugar. Nos dois anos seguintes, Portugal manteve-se nos 10 primeiros lugares com “A festa da vida” (7.º lugar), interpretada por Carlos Mendes, e “Tourada” (10.º), cantada por Fernando Tordo.
Ainda na década de 1970, Portugal conseguiu um 9.º lugar com “Sobe, sobe, balão sobe”, interpretada por Manuela Bravo, em 1979. Um ano depois, já nos anos 1980, José Cid conseguia alcançar o 7.º lugar do pódio, com “Um grande, grande amor”.
Na década de 1990, além do 6.º lugar de Lúcia Moniz, Portugal ocupou três vezes lugares no top ten: em 1991, com Dulce Pontes e “Lusitana Paixão” (8.º lugar), em 1993, com Anabela e “A cidade (até ser dia)” (10.º), e, em 1994, com Sara Tavares e “Chamar a música” (8.º).
Entre as piores classificações portuguesas de sempre no Festival Eurovisão da Canção estão três últimos lugares: António Calvário com “Oração”, que obteve zero pontos, em 1964, Paulo de Carvalho com “E depois do adeus”, com três pontos, em 1974, e Célia Lawson com “Antes do adeus”, com zero pontos, em 1997.
Há vários anos que Portugal não conquistava a oportunidade de competir na final do concurso. A última, foi em 2010 com “Há dias assim”, cantada por Filipa Azevedo.
Na primeira semifinal da edição deste ano, que decorreu na terça-feira, Salvador Sobral destacou-se, entre outras coisas, por ter sido o único concorrente a não cantar em inglês.
Ao longo dos anos, as músicas que representaram Portugal foram em larga maioria cantadas em português, com exceção de três anos: 2005, 2006 e 2007.
Em 2005, Portugal concorreu pela primeira vez com uma música cantada parcialmente em inglês. Em “Coisas de nada (gonna make you dance)”, interpretada pela ‘girlsband’ Nonstop, o refrão era em inglês.
No ano seguinte os 2B (Rui Drummond e Luciana Abreu) levaram ao festival “Amar”, uma música cantada maioritariamente em inglês. Já a música que representou Portugal no concurso em 2007, “Amar”, de Sabrina, tinha uma letra maioritariamente em português, mas com algumas frases em francês, espanhol e inglês.
O cantor Salvador Sobral representa Portugal na final da 62.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, no sábado, em Kiev, com a música “Amar pelos dois”. A cerimónia será emitida em direto pela RTP, a partir das 20:00 de Lisboa.
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