A confirmação é feita no dia em que o livro, a ser lançado no mercado internacional em 10 de setembro e do qual pouco se conhece, foi anunciado como um de seis finalistas do prémio literário Booker.

Em agosto, a Bertrand estava ainda sem previsão de publicação do livro em Portugal, salientando que o manuscrito ainda não tinha sido divulgado e que tais obras são “de tradução complexa”.

Hoje, fonte daquele grupo editorial confirmou a publicação e adiantou que tal acontecerá no próximo ano, ainda sem data precisa.

O livro tem sido descrito, na imprensa anglófona, como o evento literário da temporada, com vários eventos previstos e uma tiragem de meio milhão de exemplares, segundo a Publishers’ Weekly.

Em Londres, por exemplo, a livraria Waterstone’s de Picadilly vai abrir portas às 20:15 da véspera da publicação para o que o jornal The Guardian descreveu como o equivalente a um festival de Glastonbury de cariz literário, que vai incluir um debate com escritores como Jeanette Winterson, Neil Gaiman e a também a finalista do Booker Elif Shafak.

Às 23:00 de dia 09, a própria autora vai ler excertos do livro que é posto à venda uma hora depois.

No dia seguinte, Atwood vai subir ao palco do Lyttelton Theatre, em Londres, para uma sessão de perguntas e respostas com a duração de uma hora e 40 minutos, que esgotou em minutos quando os bilhetes foram colocados à venda, e que vai ser transmitida por mais de mil salas de cinema a nível internacional. Nenhuma sala na Península Ibérica se associou ao evento.

Várias livrarias nos Estados Unidos estão a organizar festas de lançamento à meia-noite que, sublinha a Publishers’ Weekly, fazem lembrar “as festas que acompanharam a publicação dos livros de Harry Potter”.

A sequela de “A história de uma serva”, popularizado pela série televisiva inspirada no livro, tem-se mantido em quase total segredo, sabendo-se apenas que decorre 15 anos depois dos eventos descritos na primeira história.

“Caros leitores, tudo o que alguma vez me perguntaram sobre Gilead e o seu funcionamento interno é a inspiração para este livro. Bom, quase tudo! A outra inspiração é o mundo em que temos vivido”, diz a autora, numa mensagem partilhada pela editora.

A sinopse de “A história de uma serva” resume a narrativa como a história de uma América que “é agora Gileade, um estado policial e fundamentalista onde as mulheres férteis, conhecidas como Servas, são obrigadas a conceber filhos para a elite estéril”.

“Defred é uma Serva na República de Gileade e acaba de ser transferida para a casa do enigmático Comandante e da sua ciumenta mulher. Pode ir uma vez por dia aos mercados, cujas tabuletas agora são imagens, porque as mulheres estão proibidas de ler. Tem de rezar para que o Comandante a engravide, já que, numa época de grande decréscimo do número de nascimentos, o valor de Defred reside na sua fertilidade, e o fracasso significa o exílio nas Colónias, perigosamente poluídas”, acrescenta a mesma sinopse.

Margaret Atwood e o indo-britânico Salman Rushdie, antigos vencedores do prémio Booker de ficção, estão entre os seis finalistas da edição deste ano, hoje anunciados, a que se juntam as britânicas Lucy Ellmann, Bernardine Evaristo e Elif Shafak, de ascendência turca, além do nigeriano Chigozie Obioma.

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