As celebrações do centenário do TNSJ arrancam este sábado pelas 10:00, com visitas guiadas especiais apresentadas por “gente que conhece o São João de trás para a frente”, designadamente Luís Soares Carneiro (10:00), João Reis (11:00), António Durães (12:00), Nuno Carinhas (15:00), Francisca Carneiro Fernandes (16:00) e Eduardo Paes Barroso, que encerra o percurso, às 17:00.

A entrada é livre e o levantamento de bilhetes é feita no próprio dia, até ao limite da lotação da sala.

No primeiro dia das celebrações, o TNSJ – estrutura que soma o Teatro Carlos Alberto (TECA) e o Mosteiro de São Bento da Vitória –, o público vai também poder ver, pelas 16:00, na 'casa mãe', o São João, a projeção do vídeo “Castro”, clássico do século XVI de António Ferreira, encenada por Nuno Cardoso.

Um pouco mais tarde, pelas 20:30, está agendada a cerimónia oficial do centenário, altura em que vai ser apresentada a operação “Reabilitação do Teatro São João e Programa Comemorativo do seu Centenário” (NORTE 2020). Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, primeiro-ministro, António Costa, e a ministra da Cultura, Graça Fonseca, estão anunciados para a sessão.

A noite fecha com a peça "Turismo Infinito", a partir das 22:00, com textos de Fernando Pessoa e encenação de Ricardo Pais, inicialmente dirigida para este palco, em 2007, pelo seu antigo diretor artístico.

Ao longo do dia acontecem também várias iniciativas no Teatro Carlos Alberto, como, por exemplo, apresentações dos Clubes de Teatro Sub-18 e Sub-88, pelas 15:00, bem como iniciativas no Mosteiro de São Bento da Vitória, designadamente visitas guiadas, leituras de textos e a exposição “Noites Brancas”.

O TNSJ tem previsto apresentar ao longo dos próximos cinco meses 30 dezenas de espetáculos.

“Castro”, produção do TNSJ foi o primeiro espetáculo, com o elenco “quase” residente da instituição, estreado no passado dia 05, em Aveiro. A peça vai chegar ao Porto no dia 27 de março e ficar em cartaz até 18 de abril.

O arranque da programação de centenário vai contar também com a reposição, durante este fim de semana, de “Turismo Infinito”, que poderá ser vista até segunda-feira.

“The Scarlet Letter” ("A Letra Escarlate"), encenada pela espanhola Angélica Liddell, que parte do livro homónimo de Nathaniel Hawthorne, estará em cena nos dias 13 e 14 de março, no TNSJ.

“A Criada Zerlina”, do encenador João Botelho, sobre a peça de Hermann Broch, vai estar patente no Teatro Carlos Alberto (TeCA), de 19 a 22 de março, estando atualmente em cena em Lisboa.

Em abril, também no TeCA, estreia-se “Alma + Airbnb e Nuvens: uma rádio novela + Wake Up”, um tríptico dedicado à companhia A Turma que inclui três espetáculos encenados por Tiago Correia, Manuel Tur, António Afonso Parra e Luís Araújo.

Em ano de celebração, o TNSJ anunciou igualmente que vai contar com uma companhia "quase" residente, com seis atores que terão a missão de “habitar e animar a casa”, anunciou em fevereiro do ano passado o presidente da instituição.

Afonso Santos, Joana Carvalho, João Melo, Maria Leite, Mário Santos e Rodrigo Santos são os seis atores que a partir deste mês começam a fazem parte do elenco.

O Teatro Nacional São João vai estar fechado de 31 de março a 01 de outubro de 2021, para obras de reabilitação, orçamentadas em 1,5 milhões de euros.

“Este é o maior investimento extraordinário desde a fundação do TNSJ. A verba vai permitir preparar o TNSJ para três décadas de atividade ininterrupta. Em 2021, estaremos sob outras luzes e sobre outras tábuas”, declarava, no passado mês de fevereiro, o presidente do conselho de administração do TNSJ, Pedro Sobrado, durante a apresentação da programação comemorativa do centenário da instituição.

À verba de 1,5 milhões de euros para a obra, somam-se 510 mil euros para a renovação do parque técnico, 130 mil para programação artística, assim como 220 mil divididos pela exposição do centenário, edição de cadernos comemorativos e para um colóquio internacional.

O TNSJ “não se encontra num estado declarado de decrepitude ou falência infraestrutural”, evidenciando, porém, “patologias estruturais” e “uma manifesta inadequação às atuais exigências legais em matéria de segurança e acessibilidade”, descreveram os responsáveis aquando o anuncio das obras.

Classificado como Imóvel de Interesse Público, em 1982, e Monumento Nacional 30 anos depois, o TNSJ chegou a funcionar como cinema, entre 1932 e 1992, ano em que passou para a alçada do Estado.

No âmbito das celebrações, o TNSJ escreve na sua página da Internet que, independentemente da idade, está pronto para um "novo começo", permanecendo rápido, conciso e versátil.

“Somos centenários, mas somos concisos e versáteis, somos rápidos mas não temos pressa. Temos saudades do futuro. Nada de melancolia ou auto celebração. Este é um novo começo, um questionamento, um desafio”, lê-se na sua declaração.

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