Em declarações à agência Lusa, o diretor do Teatro Plástico, Francisco Alves, avançou que enviaram na quinta-feira um pedido de audiência à ministra da Cultura para uma “classificação urgente de todo o edifício” da antiga casa do escritor Almeida Garrett (1799-1854).

“Mandámos o pedido à ministra [Dalila Rodrigues] e esperamos que classifique todo o imóvel. Acreditamos que o vá fazer. Não tem desculpa para não atuar, porque é um assunto que é da sua direta alçada”, declarou.

O diretor do Teatro Plástico considera ainda que o Ministério da Cultura deve intervir na sua compra e transformação da antiga casa de Almeida Garrett num “centro cultural dedicado a Garrett e ao Movimento Liberal do Porto”.

O diretor da companhia portuense Teatro Plástico adiantou que, na sequência da manifestação e ação cívica e cultural do passado domingo para salvar a casa de Garrett, apresentaram à Comissão de Toponímia da Câmara Municipal do Porto um pedido de alteração do nome da rua onde Garrett nasceu para Rua Almeida Garrett.

"Três Pancadas": a nova Newsletter com tudo sobre teatro inclusive bilhetes para espetáculos

A Newsletter "Três Pancadas" irá trazer todas as novidades do mundo do teatro, nomeadamente reportagens, crónicas e entrevistas, bem como a agenda dos próximos acontecimentos no mundo do espetáculo. Todos os meses abrirá a cortina para os palcos e as três pancadas de Molière dão início às leituras para que não se perca pitada das artes de palco.

Para subscrever basta colocar o e-mail neste formulário abaixo ou neste link.

Atualmente a rua chama-se Dr. Barbosa de Castro, explicou Francisco Alves.

Francisco Alves adiantou que na próxima semana o Teatro Plástico vai avançar com “mais uma ação com impacto social”.

Um grupo de cidadãos e artistas do Porto reuniu-se no domingo junto à casa onde nasceu o escritor Almeida Garrett, no centro histórico da cidade, em protesto contra a eventual transformação do imóvel de interesse público em mais um hotel.

Em comunicado, a companhia portuense Teatro Plástico referia que na manifestação seria lançada uma petição exigindo a classificação e salvaguarda do edifício e a criação da Casa Garrett – Casa Museu e centro de estudos garrettianos.

A tomada de posição surgiu na sequência da informação de que “o atual proprietário recebeu parecer positivo da Câmara do Porto a um Pedido de Informação Prévia para Licença de Obras de Edificação de Hotelaria (29 quartos) e Restaurante (51 lugares)”.

Localizada no número 39 da Rua Dr. Barbosa de Castro, a casa onde nasceu Almeida Garrett “constitui o último e mais relevante testemunho urbanístico nacional da sua vida”, considera a organização do protesto.