Na gala, que, como em anos anteriores, se realizará de forma presencial – no Palácio de Congressos El Greco – e virtual, serão anunciados os restaurantes com uma, duas e três estrelas Michelin do guia ibérico para o próximo ano.

“Castela-Mancha foi a comunidade autónoma escolhida pela sua personalidade gastronómica, influenciada pela sua história culinária multicultural e pelo seu envolvimento ativo na promoção e dinamização da gastronomia da região”, refere o Guia Michelin Espanha e Portugal, em comunicado.

A empresa destaca que a cidade de Toledo, Património Mundial da Humanidade desde 1986, “tem uma história inigualável e é considerada um verdadeiro caldeirão de culturas, com uma grande população de cristãos, judeus e muçulmanos a viverem juntos em paz durante séculos”.

A gastronomia de Castela-Mancha estará em destaque, nomeadamente através dos típicos pratos de caça, os queijos de La Mancha, o açafrão, o mel de La Alcarria, o alho – é a principal região produtora de alho da União Europeia -, e o ‘picles’ de peixe ou o maçapão.

Os coordenadores gastronómicos do evento serão os chefes Fran Martínez (restaurante Maralba, em Almansa) e Ivan Cerdeño (restaurante Iván Cerdeño, em Toledo), ambos com duas estrelas Michelin, enquanto sete chefes de restaurantes com uma estrela da região estarão também a oferecer as suas propostas durante o jantar que se segue à gala.

Na próxima edição, o guia continuará a apostar no tema da sustentabilidade, através da atribuição de estrelas verdes a restaurantes particularmente comprometidos com a gastronomia sustentável e o futuro do planeta.

A seleção do guia decorre do “intenso trabalho de campo levado a cabo pela equipa de inspetores Michelin, que não abandonaram as suas funções apesar das dificuldades inerentes a esta crise social e sanitária, que continua a ter impacto na sociedade no seu conjunto”, salienta ainda a empresa, referindo-se à pandemia de covid-19.

Toledo sucede assim a Valência como palco do anúncio das estrelas ibéricas, cuja gala já passou por cidades como Madrid, Barcelona, Marbelha, Girona ou Santiago de Compostela e, em Portugal, Lisboa (2018).

Na edição deste ano, Portugal tem sete restaurantes com duas estrelas (‘cozinha excelente, vale a pena o desvio’) e 26 com uma estrela Michelin (‘cozinha de grande nível, compensa parar’). O país não conta com nenhum restaurante com a classificação máxima (‘cozinha excecional, justifica a viagem’).