Terceira longa-metragem de ficção da autora, "Toni Erdmann" é um filme sobre o sentido da vida, com a história a centrar-se na relação entre um pai e uma filha, ele professor de música e ela uma empresária a trabalhar fora da Alemanha, papéis interpretados por Peter Simonischek e Sandra Hüller.
O pai, Winfried, inventou um alterego - Toni Erdmann - numa tentativa de se aproximar da filha e reatar laços familiares, acabando por provocar um confronto geracional.
"Eu estava interessada em fazer um filme sobre a família, sobre os diferentes papéis que desempenhamos nas nosssas famílias, quer gostemos disso ou não, e sobre toda a dinâmica à qual não podemos escapar", disse a realizadora, citada pela Variety.
Aliás, esta revista elege Maren Ade, 40 anos, como uma das realizadoras do cinema europeu a ter em atenção no futuro e recorda que "Toni Erdmann" está nomeado este ano para o Óscar de melhor filme estrangeiro.
O filme teve estreia mundial no ano passado no Festival de Cinema de Cannes, onde recebeu o prémio da crítica, esteve nomeado para os Globos de Ouro, Bafta e Césares e conquistou os principais galardões da Academia Europeia de Cinema, nas categorias de realização, argumento e representação.
O Parlamento Europeu atribuiu-lhe o Prémio Lux de Cinema.
Maren Ade é ainda autora de duas curtas-metragens e outras duas longas-metragens - "Todos os outros" (2009) e "The forest for the trees" (2003) - e atualmente é produtora executiva de uma versão norte-americana de "Toni Erdmann".
Os estúdios Paramount Pictures compraram os direitos cinematográficos do filme e querem fazer uma versão que contará com Jack Nicholson no principal papel.
Maren Ade foi coprodutora dos filmes "As mil e uma noites" e "Tabu", de Miguel Gomes.
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