“Para nós é uma grande comemoração, uma celebração deste nosso encontro, desta nossa história, de 25 anos de parceria nos discos dos Tribalistas, mas também fora deles, parcerias de nós os três que gravámos individualmente, mas que estão no concerto”, afirmou Arnaldo Antunes, em entrevista da banda à Lusa a partir do Rio de Janeiro, acrescentando que os concertos, marcados para domingo em Lisboa e dia 23 no Porto, “acabam por contar essa história de um modo muito esclarecedor”.

Marisa Monte lembrou que a banda está em digressão – a primeira de sempre da banda - há três meses no Brasil, onde tem feito espetáculos “para públicos bem grandes”.

“Em São Paulo foram 45 mil pessoas, no Rio de Janeiro foram três concertos para 12 mil pessoas cada. Em média em cada cidade temos tido entre 15 a 20 mil pessoas a cantar connosco, em total sintonia, afinado, numa grande celebração de união, de tolerância, de amor, de paz, através da música. E esperamos estender além das fronteiras do Brasil esse significado desse nosso encontro”, partilhou.

Já Carlinhos Brown garante que o público português, no domingo na Altice Arena, em Lisboa, e no dia 23 no já esgotado Coliseu do Porto, “vai ver com quantos fados se faz um samba”.

“Quando dizemos isso estamos, de um certo modo, a ser testemunhas e a fazer também as pessoas serem testemunhas de como somos unidos, do quanto Portugal significa para a cultura brasileira. Como essas influências nos trazem até aos dias de hoje e como isso tem sido positivo para a língua portuguesa, sobretudo para um país na América Latina, o Brasil, que é o único que fala português”, disse.

No segundo álbum da banda (editado em 2017), homónimo, tal como o primeiro (de 2012), um dos temas, “Os peixinhos” conta com a participação da fadista Carminho.

Quando a Lusa falou com os músicos, a presença da cantora portuguesa não estava ainda garantida nos concertos, mas os três gostavam “muito” que tal acontecesse.

O que está garantido “são grandes sucessos” feitos a três: “Muitos dos nossos dois discos, e muitos que o público talvez não tenha noção que tenham sido compostos pelo trio”, adiantou Marisa Monte, lembrando que, quando saiu o primeiro disco, os três já tinham “dez anos de parceria”.

“Já tínhamos muitos ‘hits’ [sucessos] no mundo. Depois fizemos um álbum, e muitos outros ‘hits’ entre um álbum e o outro. Quando fomos fazer um levantamento do repertório para os concertos, contámos que temos 56 músicas em trio já gravadas, sem contar com os inéditos”, disse.

Embora os três sejam “artistas com carreiras sólidas, individuais”, quando estão juntos são “um outro artista: os Tribalistas”.

“Dentro temos uma união, uma coesão muito grande, e ao mesmo tempo temos as nossas individualidades preservadas ali dentro na soma, é uma coisa interessante e bonita de ver”, afirmou Marisa Monte.

Essa coesão é notória no repertório do grupo. “É incrível como o repertório do primeiro disco e o do segundo se adequaram, tem uma coesão e uma sonoridade própria”, reforçou Arnaldo Antunes.

Será esse repertório que irá contar “de uma maneira esclarecedora e muito representativa” a história do grupo ao público.

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