Joe Grushecky, que já trabalhou com Sprinsgsteen, intitulou sua canção "That's What Makes Us Great" [Isto é o que nos faz grandes], uma espécie de trocadilho com o slogan de campanha de Trump "Make America Great Again" [Fazer a América grande de novo].

"I never put my faith in a con man and his crooks" [Eu nunca coloquei a minha fé num vigarista e nos seus bandidos"], canta Springsteen em clara referência ao presidente dos Estados Unidos.

Springsteen e Grushecky chegaram juntos para convocar uma mobilização contra Trump.

"It's up to me and you / Love can conquer hate / I know this to be true / That's what makes us great" ["Depende de mim e de ti/ O amor pode vencer o ódio / Sei que isto é verdade / É o que nos faz grandes"], cantaram.

Embora a música não seja da sua autoria, esta é uma das letras claramente mais políticas da carreira de Springsteen, juntamente com "American Skin (41 Shots)", que fala do assassinato, em 1999, de um imigrante desarmado nas mãos de agentes da polícia de Nova Iorque.

Durante muito tempo, Bruce Springsteen manteve-se afastado dos políticos, até 2004, quando fez campanha para John Kerry, na sua frustrada tentativa de impedir a reeleição de George W. Bush.

Em novembro passado, Springsteen uniu-se a Hillary Clinton  num comício de campanha em Filadélfia, onde denunciou Trump pela sua "profunda falta de decência". Depois tocou num espetáculo privado para a equipa de Barack Obama, perto do fim do mandato do presidente democrata.

Grushecky disse ao jornal "Pittsburgh Post-Gazette" que escreveu esta canção quando Trump chegou à Casa Branca e a enviou para o seu antigo parceiro, que gostou dela e decidiu dar-lhe um "tratamento Bruce".