PSD, Luís Montenegro: "Tenho esperança de que seremos capazes de gerar mais oportunidades, de criar mais riqueza e fixar os nossos jovens"

“Quero corroborar o que disse o Presidente da República, acredito muito no futuro de Portugal. Tenho esperança de que seremos capazes de gerar mais oportunidades, de criar mais riqueza e fixar os nossos jovens”, afirmou Luis Montenegro.

Em declarações aos jornalistas, Montenegro recusou falar das cartas trocadas com o primeiro-ministro, António Costa, e do ministro das Infraestruturas, João Galamba, que na chegada à cerimónia foi vaiado pelos populares, dizendo apenas querer falar dos “temas muito importantes” do país.

“Hoje, quero dizer que vale a pena acreditar em Portugal. O país pode e deve saber que o PSD não desiste de Portugal. O líder do PSD quer ser primeiro-ministro, mas não é para preencher nenhum capricho, é para dar mais desenvolvimento ao país”, acrescentou.

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IL, Rui Rocha: "O que nós precisamos no país é de uma árvore nova”

“A árvore está contaminada e, portanto, mais do que a poda que o senhor Presidente da República recomenda, o que nós precisamos no país é de uma árvore nova”, disse hoje Rui Rocha na sede nacional da IL, no Porto, em reação ao discurso de Marcelo Rebelo de Sousa.

Rui Rocha interpretou as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa entendendo os “ramos que é preciso cortar como ministros”, na “metáfora que o senhor Presidente da República quis fazer”, questionando, além da permanência no Governo do ministro das Infraestruturas, João Galamba, também a da ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, ou do ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

“Há vários ramos deste Governo que são ramos que não têm viabilidade, já mostraram que não têm condições para estar no Governo”, defendeu.

No entender do líder liberal, o necessário é uma nova ‘árvore’ “que devolva confiança aos portugueses, que traga transparência, que traga crescimento económico, que traga oportunidades para os portugueses e que possa, portanto, reverter este ciclo de degradação, de decadência, em que o país está mergulhado”.

Continuando nas referências à botânica, Rui Rocha considerou ainda “o PS e o seu Governo” uma “espécie de erva daninha que ocupa tudo à sua volta”, como o aparelho de Estado, a justiça ou os reguladores económicos.

Questionado acerca das vaias de que o ministro das Infraestruturas, João Galamba, foi hoje alvo no Peso da Régua, o líder liberal considerou que o governante “está a ser utilizado pelo primeiro-ministro para fazer uma provocação” ao Presidente da República e ao país. Para Rui Rocha, os portugueses “responderam hoje, de forma ruidosa, a essa provocação”.

“O primeiro-ministro tem uma maioria absoluta, considera que isso lhe dá poder absoluto, não ouve ninguém, não ouve a oposição, não ouve o Presidente da República, não ouve os portugueses”, considerou.

O também deputado disse ser necessário “chegar à conclusão de que já não são os ramos que são o problema”, a “impedir Portugal de crescer como podia e devia” ou a “contribuir negativamente para o desenvolvimento do país”, mas sim “a pessoa que é comum a isto tudo, que é o primeiro-ministro”, António Costa.

Sobre o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rocha disse ainda que a IL “concorda” com “o diagnóstico” feito pelo chefe de Estado quanto a, por vezes, “haver mais razões para sair do que para ficar” no país, à pobreza e à “incapacidade do país gerar crescimento”.

PS, Porfírio Silva: "É essa mensagem de mobilização, de unidade, de persistência, de continuidade, que o PS saúda vivamente e penso que marcou este 10 de Junho”

O dirigente socialista Porfírio Silva saudou hoje a mensagem de “mobilização, unidade, persistência e continuidade" do Presidente da República e, sobre as vaias ao ministro das Infraestruturas, considerou que as diferenças de opinião são normais em democracia.

“O senhor Presidente da República, não se referindo às questões circunstanciais, mas referindo-se ao longo prazo, referindo-se ao essencial, àquilo que faz com que todos nos sintamos orgulhosos de ser portugueses, transmitiu a mensagem importante, que é sempre uma mensagem importante para um país enfrentar aquilo que tem que fazer. E é essa mensagem de mobilização, de unidade, de persistência, de continuidade, que o PS saúda vivamente e penso que marcou este 10 de Junho”, considerou Porfírio Silva.

Questionado sobre o facto de o ministro das Infraestruturas, João Galamba, ter sido vaiado nas cerimónias comemorativas do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorrem no Peso da Régua, em Vila Real, o membro do Secretariado Nacional do PS respondeu com uma referência às próprias palavras do Presidente da República.

“Penso que devemos hoje seguir o exemplo do senhor Presidente: focarmo-nos na mensagem global que é uma mensagem de unidade, de mobilização de todos os portugueses. Todos sabemos que, felizmente, estamos num país democrático, e portanto, não temos todos a mesma opinião sobre todas as matérias. Ainda bem que é assim, se tivéssemos todos a mesma opinião, ou alguns não pudessem manifestar a mesma opinião, isso é que seria mau”, afirmou.

Interrogado sobre como leu as palavras do Presidente da República quando considerou necessário “cortar os ramos mortos que atingem a árvore toda”, Porfírio Silva respondeu que “como o próprio senhor Presidente da República disse, o discurso do 10 de Junho não foi um discurso sobre a atualidade, não foi sobre o dia-a-dia, foi sobre os grandes desafios do país”.

“Eu quero dizer, como filho de agricultores, e uma vez que faz sentido, estando no Douro hoje centrado o 10 de Junho, que as pessoas que trabalham a terra sabem bem que cada trabalho tem o seu tempo. É preciso ter a paciência de esperar pelo tempo para fazer cada trabalho, e é assim que se conseguem boas colheitas: é saber fazer cada tarefa no seu momento, sem pressas, com foco, e sabendo que o essencial é sermos capazes de construir algo com duração, com capacidade para continuar e persistir”, acrescentou.

Estando o 10 de Junho centrado no Douro, continuou, “é uma boa leitura dessa visão de longo prazo que, quem trabalha a terra tem que ter”. “Porque ninguém semeia hoje para colher amanhã, sabe que há muitos passos para colher, e temos todos que saber isso, para na nossa diversidade, na pluralidade do país, nas diferenças de opinião, nas divergências que é natural que existam numa sociedade democrática, sabermos que isso faz parte do trabalho para finalmente termos todos uma boa colheita”, rematou.

O dirigente socialista acrescentou que o PS se reviu num discurso “que conta com todos os portugueses” e “virado para o futuro”.

“O facto de este 10 de Junho ser centrado no Douro, que é uma região em que, durante séculos, foi o trabalho humano que transformou a natureza, engenho e esforço, para criar uma paisagem e uma realidade diferente, é uma escolha inspiradora. Porque o próprio Douro, por ser essa duração, essa secularidade, mostra a importância da persistência, da continuidade, do foco nas políticas públicas. Em conseguirmos, no essencial, caminharmos juntos e sermos capazes de juntos construirmos um Portugal melhor para todos os portugueses”, afirmou.

O Presidente da República defendeu hoje que Portugal não pode desistir de criar mais riqueza, igualdade e coesão, considerando que só isso permitirá que continue a ter a sua “projeção no mundo”.

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