Segundo o novo balanço, três dos jornalistas mortos são israelitas e um libanês, sendo ainda assinalado o caso de outros três com destino desconhecido, um israelita que poderá estar mantido como refém pelo Hamas, um palestiniano supostamente detido pelo Exército israelita e outro palestiniano com paradeiro desconhecido.

O balanço dos jornalistas mortos – entre redatores, fotojornalistas e operadores de câmara – tem sido quase diário, apesar de o dia 07 de outubro, quando o movimento islamita Hamas desencadeou o ataque surpresa contra Israel, registar a contagem mais pesada com seis mortos, três israelitas e três palestinianos.

Desde então, e após o início da contraofensiva israelita, todos os jornalistas mortos foram palestinianos, à exceção de um libanês.

As últimas vítimas foram registadas na quinta-feira, quando o operador de câmara Khalil Abu Aatra, da TV Al Aqsa, foi atingido juntamente com seu irmão por um bombardeamento israelita no posto fronteiriço de Rafah, no sul de Gaza e a única passagem para o Egito. No dia anterior, o diretor da mesma cadeia televisiva, Sameeh Al Nadky, também tombou num outro bombardeamento.

O CPJ considera estes casos confirmados, mas acrescenta que investiga “numerosas informações não confirmadas” de outros casos de repórteres mortos, detidos, feridos ou ameaçados, e ainda ataques israelitas a edifícios onde se encontravam diversos ‘media’, ou mesmo contra as residências dos jornalistas.

O Comité, fundado nos Estados Unidos e com delegações em vários locais do mundo, considera que “Gaza representa um risco especialmente elevado para os jornalistas num momento em que se prepararam para cobrir uma possível invasão terrestre de Israel, associada a devastadores bombardeamentos israelitas, cortes extensivos de eletricidade e falha das comunicações”.

O grupo islamita Hamas lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está “em guerra” com o Hamas.