No primeiro ‘briefing’ de hoje da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), realizado pelas 09:00, em Lisboa, a adjunta nacional de operações, Patrícia Gaspar, revelou que no sábado os 268 incêndios foram combatidos com o apoio de 1.762 viaturas, tendo sido realizadas 103 missões com meios aéreos.
Em curso, dominadas ou em vigilância existem atualmente 510 ocorrências, as quais estão a mobilizar 3.079 operacionais.
Patrícia Gaspar afirmou que o final da tarde e início da noite de sábado foram especialmente “complicados e difíceis” para os bombeiros, nomeadamente na zona centro, tendo sido acionados um Plano Distrital de Emergência (Coimbra) e quatro Planos Municipais de Emergência.
A propósito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, que foi acionado no sábado, Patrícia Gaspar revelou estar a contar com dois módulos da unidade militar de emergência de Espanha, país que vai enviar ainda mais dois meios aéreos.
Mantém-se o avião proveniente de Marrocos, sendo provável que outros meios aéreos venham juntar-se no âmbito de mecanismo europeu.
Segundo Ptrícia Gaspar, continuam a ajudar no combate às chamas 500 meios militares.
Sobres as ocorrências em curso, a Proteção Civil destaca as mais complexas, que se situam em Aveiro, Alvaiázere, Ferreira do Zêzere, Tomar, Torres de Moncorvo e Castelo Branco.
Questionada sobre as razões de tão elevado número de ocorrências, Patrícia Gaspar referiu que “a culpa não é do tempo. A meteorologia não provoca incêndios florestais, dificulta o seu combate”.
A este propósito, recordou que mais de 90% das ocorrências de incêndios florestais tem intervenção humana, seja intencionalmente ou por negligência, e que ambas são crimes.
Sobre a autoria destes crimes, Patricia Gaspar referiu que este é o momento de combater os incêndios e que o apuramento da sua autoria será mais tarde, estando já no terreno as autoridades responsáveis por este trabalho.
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