De acordo com a agência noticiosa AFP, os manifestantes reuniram-se ao meio-dia em frente à estátua de São Volodymyr, no centro da capital britânica, numa concentração que seguiu para a embaixada russa.

“A Ucrânia representa a paz para toda a Europa” e “Eu apoio a Ucrânia” são algumas das frases exibidas nos cartazes dos manifestantes, que também erguem bandeiras da Ucrânia.

“Não sou ucraniano, mas reconheço o grande perigo que os ameaça. Não podemos abandoná-los, o Reino Unido tem o dever de apoiar a Ucrânia”, disse à AFP Martin Vincent, reformado britânico de 68 anos.

Já Nataliya, uma estudante ucraniana de 22 anos, que não quis revelar o sobrenome por “razões de segurança”, lamentou a falta que sente do seu país.

“Não sei se algum dia conseguirei voltar para lá. O que acontece depois?”, perguntou, lamentando o clima de incerteza.

Também Stella Robinson, britânica de 27 anos, confessou o medo “do que pode acontecer nos próximos dias ou semanas”.

“Não se trata apenas da Ucrânia, mas também da Europa. Não podemos fechar os olhos para a guerra só porque Trump quer a paz”, acrescentou, referindo-se às reuniões anunciadas entre os Estados Unidos e a Rússia.

Os europeus temem que o Presidente americano, Donald Trump, encerre a guerra, iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022, em termos favoráveis a Moscovo, sem garantias de segurança para Kiev.

As relações entre os Presidentes ucraniano e americano deterioraram-se nos últimos dias, depois de Donald Trump ter chamado Volodymyr Zelensky de “ditador sem eleições”.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, é esperado em Washington na segunda-feira, onde se encontrará com Trump, seguido pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na quinta-feira.