O leilão foi realizado no âmbito do processo de insolvência da Adega da Covilhã e o objetivo inicial era vender de uma só vez a totalidade dos bens móveis e imóveis, com o valor base de licitação de 1,6 milhões de euros.
No entanto, não foi registado qualquer lance para o conjunto.
Perante esta situação, o leiloeiro ainda baixou o preço para 1,4 milhões de euros, mas os presentes na sala continuaram sem apresentar qualquer oferta.
Os bens foram então divididos em dois lotes e aquele que incluiu o edifício e o terreno adjacente da Adega foi a leilão pelo valor de 1,3 milhões de euros. Uma vez mais, não houve licitações, pelo que se avançará agora para a tentativa de venda mediante proposta fechada.
A abertura deste procedimento será publicitada publicamente e as eventuais propostas serão depois alvo de análise pela comissão de credores, num processo que deve estar encerrado até ao final do ano, segundo explicou João Ranito, proprietário da leiloeira, que tem sede na Covilhã.
Em contrapartida, o lote que englobava os veículos e todo recheio da Adega - desde garrafas de vinho, a tubas de inox, passando pela maquinaria, até ao material de escritório - teve vários interessados.
Com um valor base de 248 mil euros, este lote acabou por ser arrematado por 280 mil euros, numa oferta apresentada por um empresário de Arruda dos Vinhos que se dedica à compra e venda de bens móveis resultantes de falências, conforme explicou o próprio no final do leilão.
A Adega da Covilhã, distrito de Castelo Branco, foi declarada insolvente em maio deste ano, depois de os credores terem rejeitado o Plano de Revitalização Especial apresentado pela direção em setembro de 2016. A dívida global da Adega ultrapassa os três milhões de euros, sendo que os principais credores são os dez funcionários, a banca e os sócios.
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