A Autoeuropa refere ainda que, "apesar do impacto negativo desta paralisação, a empresa contínua empenhada em encontrar um compromisso com os trabalhadores que crie, mantenha e assegure o emprego".
"Este compromisso deverá também garantir as encomendas dos nossos clientes para o novo modelo, que requer a laboração contínua em 18 turnos por semana", acrescenta o comunicado.
No documento, a administração da Autoeuropa considera que "para atingir este objetivo, é essencial dar continuidade ao processo de diálogo com uma comissão de trabalhadores (CT) eleita, à semelhança das boas práticas laborais da Volkswagen Autoeuropa e do Grupo Volkswagen" e promete ouvir as partes envolvidas no processo até à eleição da nova CT.
Os trabalhadores da Autoeuropa realizaram hoje uma greve histórica, que só termina às 00:00 de quinta-feira, e que constitui a primeira paralisação por razões laborais na fábrica de automóveis de Palmela.
A greve foi marcada após a rejeição de um pré-acordo entre a administração e a Comissão de Trabalhadores [que apresentou a demissão e convocou eleições para 03 de outubro], devido à obrigatoriedade dos funcionários trabalharem ao sábado, como está previsto nos novos horários de laboração contínua que serão implementados a partir do próximo mês de novembro.
Os trabalhadores alegam que, além do transtorno que a obrigatoriedade do trabalho ao sábado iria provocar nas suas vidas, a compensação financeira atribuída pela empresa também é muito inferior ao que iriam receber pelo trabalho extraordinário aos sábados.
De acordo com o novo modelo de horários, cada trabalhador iria rodar nos turnos da manhã e da tarde durante seis semanas e fará o turno da madrugada durante três semanas consecutivas, com uma folga fixa ao domingo e uma folga rotativa nos outros dias da semana.
[Notícia atualizada às 19:19]
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