“A ADSE é uma organização, um sistema, absolutamente vital neste momento em Portugal. Vital porque presta um excelente serviço aos funcionários públicos, mas também porque se deixasse de existir atirava com mais de um milhão de pessoas para cima do Serviço Nacional de Saúde que está como está”, afirmou o líder social-democrata, que falava aos jornalistas após uma visita ao Hospital de Bragança.
Para Rui Rio, a “ADSE [subsistema de saúde dos funcionários públicos] é absolutamente vital, tem de continuar, agora tem que continuar com regras, em que os preços baixem para que os utentes estejam a pagar aquilo que é justo e não a haver lucros absolutamente desmesurados”.
“Nós sabemos que de hospital para hospital determinados produtos iguais são faturados a valores completamente distintos à ADSE e isso não pode ser, tem de ter uma organização, até à data não teve”, referiu.
Rio mostrou-se “completamente contra” acabar ou fragilizar a ADSE, reforçando ideia de que seria “um suicídio completo”.
O presidente do PSD referiu que o “Governo tem todas as condições de fazer uma negociação” que deve passar por manter o “serviço, com a mesma qualidade, a mesma capacidade de resposta, mas a preços que sejam corretos, que sejam justos e que não levem a que os privados possam ter lucros exagerados e injustos à custa de uma desorganização por parte da forma como a ADSE trabalha”.
“Portanto organizar a ADSE, melhorar e jamais acabar com a ADSE”, salientou.
Grupos de saúde privada, entre os quais a José Mello Saúde (que gere os hospitais CUF), a Luz Saúde e os Lusíadas, têm mostrado intenção de suspenderem as convenções com a ADSE a partir de abril.
A ADSE exige o pagamento de 38 milhões de euros aos privados por excesso de faturação referente a 2015 e 2016, uma exigência que é contestada pelos hospitais.
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