André Ventura apelou a que a decisão sobre o novo aeroporto, “seja qual for a recomendação da comissão técnica independente, fique para o próximo governo e não para o governo de António Costa”.

"Quem esperou 50 anos pode esperar três meses”, afirmou o líder do Chega em declarações aos jornalistas antes do arranque das jornadas parlamentares do partido, que decorrem entre hoje e quarta-feira, em Matosinhos (distrito do Porto).

O presidente do Chega considerou que “os quatro maiores partidos devem estar de acordo sobre a localização do aeroporto”, sustentando que “quanto maior for o consenso à volta disto, em democracia mais positivo é”.

André ventura afirmou que faltam três meses para as eleições legislativas e salientou que esta é uma “decisão estruturante para o futuro”.

“É uma grande obra pública, mete adjudicações muito significativas, de várias centenas de milhões de euros, e eu acho que nós já todos temos a nossa dose de governos em última fase a fazer contratos e adjudicações para distribuir dinheiro por empresas não recomendadas”, afirmou.

Defendendo que o atual Governo não deve tomar decisões neste âmbito, o líder do Chega considerou que “não faz sentido que os próximos governos estejam a liderar o país com base nas decisões do Partido Socialista”.

André Ventura considerou também que “o aeroporto da Portela está a dar as últimas em termos de capacidade e em termos de eficiência”, afirmando que “qualquer solução Portela mais um que envolva ou um aeroporto militar, ou uma espécie de apêndice ao aeroporto principal é uma solução transitória que não resolve os problemas”.

“Nós precisamos de um novo aeroporto, não é um apêndice do aeroporto da Portela”, salientou.