“O arguido foi presente na quinta-feira a primeiro interrogatório judicial no Tribunal do Barreiro e uma juíza de instrução criminal decretou-lhe a medida de coação de apresentações diárias no posto policial da área de residência (Fronteira, distrito de Portalegre) e a proibição de frequentar os concelhos da Moita e do Barreiro”, revelou à Lusa aquela autoridade.
Segundo a mesma fonte, só agora a investigação passou para a PJ, porque o homem é suspeito de coação sexual, em três situações distintas, envolvendo mulheres e menores, crime que é da competência deste órgão de polícia criminal.
Além dos relatos destas três ocorrências, há "dezenas de outros inquéritos" relacionados com casos de violência sobre mulheres, que foram apensos a este processo.
Segundo o vereador do PSD na Câmara do Barreiro, Bruno Vitorino, “há 15 anos” que este homem agride mulheres no concelho, tendo já “mais de 50 queixas apresentadas nas autoridades”.
Em comunicado divulgado a 6 de novembro, o vereador avança ainda que o suspeito tem sido “internado compulsivamente” na unidade de psiquiatria do Centro Hospitalar do Barreiro Montijo, onde acaba sempre por receber alta, situação que voltou a acontecer há cerca de uma semana.
Em declarações à Lusa, na mesma data, fonte do Comando Distrital da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Setúbal não conseguiu confirmar se as agressões já duram há 15 anos, dado que nesse período ainda não se efetuavam registos informáticos, mas avançou que, pelo menos desde 2012, existem “várias dezenas de queixas".
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