Segundo a acusação do MP, a que a agência Lusa teve hoje acesso, os factos remontam a 2014, quando o arguido teve conhecimento que o ofendido detinha alguns milhares de euros depositados no banco.
O alegado burlão terá então decidido ganhar a confiança do ofendido e elaborar um plano de forma a lograr solicitar-lhe quantias monetárias das quais se havia de apoderar.
De acordo com a investigação, o arguido contactou o ofendido fazendo-se passar por um antigo empresário na Suíça, local onde detinha uma fortuna de milhões de euros que se encontrava retida, por existir suspeita de ter origem ilícita, razão pela qual não a podia movimentar.
Invocando tal indisponibilidade, terá solicitado ao ofendido, por várias vezes, entre 2014 e 2016, quantias monetárias, alegando destinarem-se ao pagamento de impostos sobre o rendimento do capital e sobre fortunas, ou a pagamentos junto do Tribunal de Espinho, assegurando-lhe que já lhe tinha feito uma doação para operar aquando da “libertação” da fortuna.
No total, o ofendido terá entregado ao arguido mais de 183 mil euros que levantou das suas contas bancárias. Além deste dinheiro, terá pedido emprestado mais 60 mil euros a pessoas amigas que também entregou ao arguido.
O arguido está acusado de um crime de burla qualificada.
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