"Algumas aldeias do concelho ainda não têm abastecimento de água, mas contamos que isso fique resolvido o mais rapidamente", afirmou o presidente da Câmara de Arganil, Ricardo Alves, explicando que a situação não se concentra numa única freguesia, mas "em várias".
Também "a luz ainda não está completamente reposta", afirmou, esperando que seja possível garantir o fornecimento de energia elétrica a todo o concelho durante o fim de semana, informou.
Durante a noite de terça-feira, a vila de Arganil passou a ter rede móvel, mas "ainda há muitas falhas" em várias localidades do concelho, sublinhou.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 43 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
O Governo decretou três dias de luto nacional, entre terça-feira e hoje.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.
Num comunicado, a autarquia informou que, além das equipas que se encontram no terreno, há um gabinete de apoio às vítimas sediado no Gabinete de Ação Social de Arganil, que está aberto das 09:00 às 17:30, sendo ainda possível contactar os serviços municipais através dos números 235 200 144 e 926 432 305.
Neste mesmo gabinete, aceitam-se inscrições de pessoas que se pretendam voluntariar para a recolha e armazenamento de bens, referiu o município.
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