Aquele dirigente reagia hoje, em declarações à imprensa, ao anúncio oficial dos últimos resultados provisórios das eleições gerias de quarta-feira, que dão a vitória ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), com 61,70% dos votos alcançados nas eleições gerais angolanas, e a eleição de João Lourenço para novo Presidente da República.
Segundo João Martins, o processo eleitoral angolano tem estado a merecer uma avaliação positiva, por parte dos observadores nacionais e internacionais, mas os últimos pronunciamentos dos partidos da oposição, revela que não querem "ver os resultados definitivos publicados".
"A oposição não quer ver os resultados definitivos publicados, quer antes antecipar com uma situação de perturbação, para inviabilizar a publicação desses resultados", acusou o político.
Salientou que das atas provisórias constam votos reclamados, que devem numa primeira instância ser decididos pelas comissões provinciais eleitorais, no exercício do apuramento provincial, altura em que os partidos podem colocar as suas questões.
João Martins acusou ainda os partidos da oposição de estarem a instruir os seus membros nas comissões provinciais eleitorais e na Comissão Nacional Eleitoral para não assistirem às operações de apuramento, o que considerou ser "um ato impróprio".
"E pouco condicente até com a lisura e a transparência do processo conforme tem estado a atestar todos os cidadãos e sobretudo os observadores nacionais e internacionais", disse.
"É o que nos parece, porque desse comportamento não podemos ter outra leitura, há sempre um contencioso eleitoral e se tiverem reclamações a fazer é em sede do contencioso eleitoral que elas devem ocorrer e não na praça pública, como parece que vai ser a estratégia a ser seguida pela oposição", acrescentou.
João Martins disse que o MPLA está atento "com serenidade", para receber os resultados definitivos "e depois festejar a vitória".
Após o anúncio dos resultados definitivos, o MPLA vai fazer uma avaliação de como decorreu todo o processo eleitoral e, depois de instituído os órgãos resultantes dessas eleições proceder "com a serenidade que lhe compete a uma avaliação criteriosa do desempenho político eleitoral".
"Quer a nível nacional quer a nível de cada uma das circunscrições eleitorais, províncias, municípios, localidades para podermos ver então como vamos aplicar agora com maior contundência o 'slogan' que usamos durante a campanha corrigir o que está mal e melhorar o que está bem", salientou.
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