“Acho que não temos nada a ganhar nesta cimeira em transformá-la num jogo de pingue-pongue”, começou por dizer, à chegada ao quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, quando questionado sobre os sucessivos comentários críticos de Donald Trump relativamente às contribuições dos membros europeus da organização.
Quando questionado sobre se ainda vale a pena tentar dialogar com racionalidade com o Presidente dos Estados Unidos, António Costa disse que nunca se deve perder a racionalidade, “que deve sempre estar presente em todos os momentos da vida política”, nem tão pouco imitar os comportamentos "algo diferenciados" de outros.
“Já todos nós na nossa vida tivemos colegas que têm um comportamento algo diferenciado relativamente àquilo que é o padrão comum e não devemos valorizar isso especialmente. Pelo contrário, devemos manter-nos como somos e contribuindo de uma forma construtiva para aquilo que é o objetivo comum, é nesse espírito que devemos estar”, afirmou.
“Não devemos entrar aqui num concurso de mimetismo com o comportamento de uns ou de outros. Eu acho que se entrarmos nesse concurso, seguramente o resultado final desta cimeira só pode ser um enorme fracasso. Aquilo que desejamos é que esta cimeira seja um sucesso e, portanto, não valorizar especialmente a idiossincrasia de um ou de outro”, reforçou.
Sustentando que “o que é importante numa cimeira de aliados é reforçar a confiança mútua”, Costa defendeu que deve ser num espírito construtivo que todos os Aliados se devem sentar à mesa e assumir as suas responsabilidades, e disse esperar “que também seja esse espírito do presidente norte-americano”.
António Costa representa Portugal na cimeira de chefes de Estado e de Governo da NATO que decorre entre hoje e quinta-feira em Bruxelas, tendo viajado acompanhado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e da Defesa, José Alberto Azeredo Lopes.
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