“Temos de ter nervos de aço e sangue frio, já percebemos todos que a oposição anda muito irritada e também já percebemos bem o que a irrita, cada sucesso do país é um insucesso da oposição, mas a culpa não é do país, a culpa é mesmo da oposição”, disse António Costa durante a inauguração da sede do PS de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.
A estratégia adotada pela oposição de que tudo o que for bom para o país é mau para ela e tudo o que for mau para o país é bom para ela é “absurda”, considerou Costa, sublinhando que quem aposta nos interesses contrários aos interesses do país está condenado a fracassar.
“Se há coisa que nenhum português quer é mal ao seu país, portanto, ninguém deseja o bem da nossa oposição”, vincou.
O secretário-geral frisou que Portugal vive hoje um clima de tranquilidade e paz social e que só o “exercício artificial de incharia e insultos” por parte da oposição procura criar uma ilusão no país de que não vive uma situação de confiança e respiração, sem angústia e num tempo novo.
O líder socialista considerou ainda ter bons motivos para estar satisfeito com este primeiro ano de governação porque houve um aceleramento da economia, diminuição do desemprego, aumento do investimento privado e das exportações.
“Temos bons motivos para estar satisfeitos também por ter sido possível encontrar uma solução política nova, termos construído uma solução de estabilidade na Assembleia da República, termos estabelecido um bom relacionamento com o Presidente da República e uma excelente relação com todas as autarquias do país e das regiões autónomas”, afirmou durante a inauguração da sede do PS de Vila Nova de Gaia.
Confiança é o que mais importa, afirma Costa
Costa realçou que hoje nenhuma família acorda com a angústia de saber se até ao fim do dia lhe vão cortar o salário e a pensão ou aumentar os impostos e nenhuma empresa vive a incerteza do que vai ser o dia de amanhã, sendo essa recuperação que permite ter hoje índices de confiança no país como não existiam desde 2000.
“Essa confiança é um capital da maior importância porque dá tranquilidade aos investidores para poder investir como estão a investir, dá segurança às famílias para investir na educação dos seus filhos porque podem ter esperança no futuro e dá expectativa às novas gerações para poderem encontrar emprego, não havendo ninguém a manda-los emigrar”, frisou.
Salientando a importância de consolidar a confiança, porque é uma oportunidade de resolver os problemas estruturais do país, o socialista recordou que, depois de a economia ter vindo a desacelerar durante o ano de 2015, em 2016 foi acelerando progressivamente até sair do ano a crescer mais do que os outros países da União Europeia.
Outro dos bons motivos apontados por Costa para estar satisfeito é a descida da taxa de desemprego, de 12% para 10,2%, o que significou a criação de 118 mil postos de trabalho em termos líquidos.
O desbloqueamento dos fundos comunitários e o aumento das exportações em 11% no ano passado são outras das razões apontadas para este otimismo.
“Se no ano passado tivemos o défice mais baixo da nossa experiência democrática, não se deveu só à ação do Governo, mas ao esforço das regiões autónomas, dos municípios, das freguesias e de todos os contribuintes, por isso, é uma grande vitória para partilhar entre todos nós”, frisou.
António Costa lembrou que na segunda-feira o Governo vai apresentar o Programa Qualifica, destinado à educação e qualificação de adultos. “O acesso ao conhecimento é absolutamente essencial, por isso, se queremos combater o desemprego de longa duração, temos de dar toda a prioridade à educação”, explicou.
Comentários