"Quanto terminar as minhas reuniões, não vou fazer a conferência de imprensa no final da NATO", anunciou o inquilino da Casa Branca através da rede social Twitter, adiantando que já tinha feito "muitas nos últimos dois dias".

Durante os dois dias em que decorreu a cimeira da NATO, Trump envolveu-se repetidamente em longas sessões de perguntas e respostas com repórteres - ocupando tanto tempo que seus colegas líderes foram apanhados a comentar essa propensão numa conversa privada.

A filmagem começa com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, a perguntar ao presidente francês, Emmanuel Macron, “foi por isso que chegaste atrasado?“.

Também presente no grupo, o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, interrompe e segue com a conversa: "Chegou tarde porque deu uma conferência de imprensa que durou 40 minutos", pode ouvir-se. 

O vídeo, de apenas 45 segundos, prossegue com aquilo que aparenta ser Macron a contar algo sobre o encontro de ambos, diante dos olhares da princesa Anne e do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte. Porém, o discurso do presidente francês, que se encontra costas voltadas para a câmara, não é perceptível. Ainda assim, é possível ver que Trudeau, em jeito de brincadeira, reage às suas palavras, fazendo inclusivamente os gestos alusivos às suas palavras: "Eu vi a sua equipa ficar de queixo caído!". 

Como resposta, Trump acusou Trudeau de ter "duas caras", depois de um canal de televisão canadiano mostrar o primeiro-ministro aparentemente a rir-se do presidente norte-americano junto com outros líderes durante uma recepção à margem da cimeira da NATO.

A rainha Isabel II recebeu os líderes mundiais numa recepção no Palácio de Buckingham no 70º aniversário da NATO.

Já na terça-feira, recorde-se, a reunião bilateral entre Macron e Trump foi seguida com atenção pela imprensa após os líderes demonstrarem publicamente as suas divergências sobre a estratégia a implementar no futuro da NATO.

Trump, considerou "desagradável" e "uma falta de respeito" a posição do presidente francês, que afirmou recentemente que a NATO está em estado de "morte cerebral".