A conversa de André Ventura sobre portagens nesta campanha para as Legislativas do próximo dia 10 de março começou logo na quarta-feira à noite, durante um jantar em Vila Real.
Diante de dezenas de pessoas, o líder do Chega abordou a questão das portagens no interior do País, referindo que as mesmas são uma "questão muito importante" e que "afetam a mobilidade" desta região.
Já esta quinta-feira, André Ventura foi bem mais longe, deixando uma forte promessa eleitoral.
Num almoço comício com militantes, começou por referir que caso o Chega for Governo "nos primeiros 30 dias criaremos uma comissão para abolir as portagens das autoestradas do Interior e da Via do Infante [no Algarve]", salientando depois que essa mesma comissão irá "lançar as bases da abolição de portagens em todo o território", lançando também críticas ao PS neste aspeto.
"Não acreditamos que o PS vá algum dia acabar com as portagens", salientou, referindo que o atual primeiro-ministro demissionário, António Costa, "prometeu abolir as portagens da Via do Infante", mas não o fez, e que o secretário-geral do PS "votou contra a proposta do Chega para abolir as portagens".
Num discurso de dez minutos, prometeu tomar outras medidas caso o seu partido chegue mesmo ao Governo, desta feita na agricultura, onde prometeu acabar com a "maioria das taxas" no setor.
A nossa agricultura é das mais taxadas no mundo, com mais de mil taxas associadas. Se deixarmos morrer a agricultura ficamos um país de joelhos", frisou, dizendo não querer "uma agricultura de miseraveizinhos".
"Precisamos de grande plano estratégico de apoio e emergência a agricultura. Se não o tivermos, a agricultura vai desaparecer. Garanto que taxas e taxinhas poucas permanecerão. Os agricultores têm de saber com o que contam. Nos primeiros 30 dias depois das eleições, teremos uma comissão de apoio e emergência à agricultura", referiu.
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