“Estamos a tentar mediar o conflito e ajudar a encontrar uma solução para que na população não se sintam lacunas”, disse à agência Lusa o dirigente da ACBP, José Mendes, que hoje participou numa reunião conjunta de bombeiros, agentes de proteção civil, sapadores florestais e emergência médica no Dafundo, em Algés.
A atual situação nos bombeiros voluntários de Vila do Conde, que estão sem capacidade de resposta para prestar socorro à população após o pedido de passagem à inatividade de 60 bombeiros, foi um dos assuntos abordados na reunião promovida pela Associação Nacional de Bombeiros e Agentes de Proteção Civil (Fénix).
José Mendes adiantou que a associação está a tentar encontrar uma solução junto do comandante dos bombeiros, que é o associado da ACBP.
“Estaremos sempre com o comandante e vamos apoiá-lo no sentido do socorro não ser posto em causa”, afirmou, dando conta que esta situação não é inédita em corpos de bombeiros voluntários, tendo já acontecido casos semelhantes em Samora Correia e Sines.
O mesmo dirigente considerou ainda que a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), uma vez que a associação humanitária dos bombeiros de Vila do Conde é sua associada, e a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), que gere todos os agentes de proteção civil, já deviam se ter pronunciado sobre o problema.
José Mendes disse ainda que a LBP devia já estar “a intervir e a mediar” a situação.
O comandante dos bombeiros voluntários de Vila do Conde, Joaquim Moreira, disse hoje à Lusa que na sexta-feira cerca de 60 bombeiros voluntários "apresentaram um pedido de inatividade do quadro", na qual continuam como bombeiros, mas não prestam serviços, deixando o contingente muito deficitário.
Os bombeiros exigem a demissão da direção.
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