Em comunicado enviado à agência Lusa, a instituição adianta que "o programa será protocolado com as autarquias mais afetadas pelos últimos incêndios", à semelhança do que foi feito com o município de Figueiró dos Vinhos para apoio às famílias vítimas dos incêndios de junho.
O programa Abem procura combater a exclusão no acesso ao medicamento, tendo distribuído 36.616 fármacos a 3.019 beneficiários entre maio de 2016 e setembro de 2017.
O projeto conta atualmente com a adesão de 280 farmácias, de 21 concelhos.
Os beneficiários do programa Abem têm acesso a medicamentos sem qualquer discriminação "em relação à generalidade dos cidadãos, na mesma rede de farmácias, com a mesma qualidade, segurança e confidencialidade".
Esta rede solidária do medicamento é o primeiro programa dinamizado pela Associação Dignitude e pretende dar resposta aos problemas de acesso ao medicamento motivados pelo atual contexto socioeconómico.
Esta associação e o programa Abem ambicionam atingir 25 mil beneficiários até ao final do próximo ano e 50 mil até ao final de 2019.
A criação da Associação Dignitude, em novembro de 2015, foi promovida pela Associação Nacional de Farmácias, Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, Cáritas e Plataforma Saúde em Diálogo e resulta de várias parcerias instituídas com entidades a nível local, autarquias, Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e outras instituições da área social.
Além de Ramalho Eanes, António Arnaut e Maria de Belém Roseira, são embaixadores da associação os farmacêuticos Odette Ferreira, Francisco Carvalho Guerra, João Gonçalves da Silveira e João Cordeiro.
A Associação Dignitude vai também receber a totalidade das vendas do livro "A lucidez da ousadia - A propósito da lei da transplantação 12/93", que será apresentado no sábado na Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, em Coimbra, às 16:00.
Este livro foi coordenado pelo antigo secretário de Estado da Saúde José Martins Nunes, que é também presidente do comité de “fundraising” do programa Abem, da Associação Dignitude.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 43 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Comentários