“O Barómetro de Investimento Florestal 2024 demonstra que a execução das políticas florestais continua, na generalidade, abaixo das metas políticas definidas”, afirmaram as duas instituições, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
Este barómetro, publicado pela primeira vez em 2023, é um índice numérico para avaliar a execução da política florestal concebido pela Zero e pelo Centro Pinus, associação que reúne os principais agentes da fileira do pinheiro-bravo.
Aquele índice apresenta um sinal “particularmente alarmante” nas metas definidas para a gestão de combustível, com o país a não conseguir aproximar-se dos objetivos propostos, referiram as duas associações.
“Enquanto na edição de 2023 os quatro indicadores que integram o barómetro haviam tido uma evolução positiva face ao ano anterior, na atual, apenas um indicador não regrediu”, constataram.
Segundo o documento, a única evolução positiva registada centra-se na execução financeira do principal programa de apoio ao investimento na floresta, o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020.
O barómetro nota uma queda na gestão de combustível, na recuperação pós-incêndio do pinheiro-bravo e na área de nova floresta composta por espécies que não sejam eucaliptos, sobreiros e pinheiros-bravos.
As duas instituições lamentam ainda a falta de melhorias na disponibilização de informação sobre investimento florestal, admitindo que, face à falta de dados, o cenário até poderá ser “mais favorável do que o barómetro sugere”, com investimento público executado que não foi “devidamente monitorizado”.
“Cabe ao Governo recentemente empossado a responsabilidade de contribuir para a melhoria dos sistemas de informação”, defenderam.
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