Assunção Cristas foi a convidada no tradicional jantar de Natal do CDS e da Juventude Popular de Lisboa, num hotel da capital, em que fez um discurso crítico da governação do PS, que acusou de deixar o “país paralisado, preso por arames”.
Um país, descreveu, onde todos perdem “poder de compra comparando com a União Europeia (UE)” e onde o primeiro-ministro “não tem coragem para assumir as suas responsabilidades”, desde os incêndios do verão de 2017 ao desabamento da estrada entre Vila Viçosa e Borba, distrito de Évora, em que morreram cinco pessoas.
Para Assunção Cristas, António Costa prometeu “tudo a todos” e agora, “vendo os focos de contestação na rua”, e “com a sua conhecida habilidade, faz uma coisa simples” e “muitíssimo perigosa”: “virar portugueses contra portugueses”.
“Quando chega ao momento de cumprir promessas, então atira as culpas para quem está a reivindicar. Isto é não ter palavra, isto é não ter caráter”, atirou.
Ainda na sequência do acidente de Borba, a líder centrista acusou, indiretamente, o PS e os partidos que apoiam o Governo de falta de sentido de Estado.
“O Estado não é uma instituição para servir o PS, para servir os partidos de esquerda, onde os socialistas entram e se governam”, afirmou Assunção Cristas, dando o exemplo do acidente de Borba, em que Costa se recusou a dizer se o Estado pagará as indemnizações.
Nesse caso, aconselhou, o Estado “primeiro paga e depois vê junto de quem é que tem de ser ressarcido”, lembrando que Costa, em vez de “assumir responsabilidades”, quis saber se a estrada era municipal ou nacional.
Para Assunção Cristas, o executivo do PS, com o apoio dos partidos de esquerda, não pode desculpar com a ‘troika’, porque já passaram três anos, considerando que o primeiro ministro desaproveitou a oportunidade.
“O maior problema de António Costa é não ter percebido que teve as melhores condições possíveis para governar e as desperdiçou. É um ‘bluff’ autêntico”, afirmou, voltando a acusá-lo de querer “perpetuar-se no poder”.
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