O chefe da região militar de Kharkiv referiu que a cidade foi alvo de ataque por parte de “pelo menos 15 drones inimigos” Shahed, fabricados pelo Irão, durante a noite, alguns dos quais foram abatidos pela defesa antiaérea.
Oleg Synegubov acrescentou que os ataques causaram quatro vítimas mortais, incluindo três socorristas, e levaram à hospitalização de três feridos, um dos quais em estado grave.
O autarca de Kharkiv, Igor Terekhov, disse que os socorristas morreram durante um “segundo ataque” contra edifícios residenciais que tinham acabado de ser bombardeados num “distrito densamente povoado” da cidade.
Numa mensagem publicada na plataforma Telegram, Terekhov alertou que os ataques causaram danos nas infraestruturas, pelo que “são possíveis cortes de energia em algumas áreas de Kharkiv”.
As cidades da Ucrânia são alvo de ataques russos quase todas as noites, sendo Kharkiv, situada no nordeste do país, perto da fronteira com a Rússia, uma das mais regularmente atacadas.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.
Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontam-se com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, que manteve uma conversa telefónica com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, garantiu na quarta-feira o apoio político, económico, humanitário e militar de Portugal à Ucrânia “enquanto for necessário”.
“A Ucrânia pode contar com o nosso apoio político, económico, humanitário e militar enquanto for necessário. Trabalharemos juntos para construir a paz na Europa e no mundo”, escreveu Montenegro na rede social X (antigo Twitter).
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