Esta investigação “é a primeira no mundo”, rejubilou a ministra australiana para as Mulheres, Kelly O’Dwyer, em entrevista à televisão local ABC, enfatizando a importância que este inquérito pode ter na economia do país.
“Uma mulher [vítima de assédio sexual no local de trabalho] pode perder o emprego ou decidir procurar outro, mas não consegue que o antigo empregador lhe dê uma carta de recomendação”, explicou Kelly O’Dwyer.
O governo australiano vai financiar metade dos custos desta investigação nacional, no valor de um milhão de dólares australianos, (cerca de 637 mil euros).
A investigação, que vai durar um ano, vai ser liderada pela comissária de Discriminação Sexual, Kate Jenkins.
“Esta investigação nacional é, na minha opinião, um grande passo na direção certa”, declarou a comissária em comunicado, encorajando depois os seus compatriotas a trabalharem juntos para a criação “de uma sociedade onde este tipo de comportamento se torne impensável”.
No decorrer do inquérito vai ser analisado a atual estrutura legal sobre os crimes de assédio sexual e todas as denúncias que foram feitas, no passado, às agências de antidiscriminação do país.
Na Austrália, de acordo com os últimos dados estatísticos, mais de 20% das pessoas com mais de 15 anos afirmaram terem sido assediados e 68% destes casos registaram-se em ambientes de trabalho.
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