"Nós em Castelo Branco e na câmara municipal comungamos desta ideia de que as portagens devem ser abolidas. Esta defesa acontece porque essa abolição é uma medida de discriminação positiva e uma alavanca para o desenvolvimento de uma região como a nossa”, afirmou Luís Correia, reconhecendo que “nem todos comungam dessa ideia".

O autarca socialista falava em Castelo Branco durante o debate nacional sobre as "Portagens e PPP Rodoviárias no Contexto do Desenvolvimento Regional", promovido pela Plataforma pela Reposição das Scut na A23 e A25.

Luís Correia defendeu que, mais importante do que apontar culpas, é procurar um entendimento de que a defesa de medidas de discriminação positiva é importante para as regiões do Interior.

"A abolição pode ajudar à criação de postos de trabalho na nossa região e à criação de empresas em toda a região do Interior", sustentou.

O presidente da câmara adiantou que quando se fala em verdadeiras medidas de discriminação positiva para o Interior há resistências.

"O pensamento de quem nos governa é dizer que esse é um investimento que não tem rentabilidade. Não podemos aceitar esse argumento", concluiu.

Luís Correia realçou que não é com paliativos que se faz o desenvolvimento, mas com medidas que sejam importantes para o país para que este "não esteja inclinado para o mar".

"O objetivo de abolir as portagens é importante para o desenvolvimento da região e do Interior", reiterou.

A Plataforma de Entendimento para a Reposição das Scut na A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda: a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.