“Foram consumidos três mil hectares. Com isto assim, tudo o que sobrou dos catastróficos incêndios de 2017 está em risco de desaparecer. Assim, não vai sobrar nada”, lamentou António Louro.

O autarca admitiu que a situação evoluiu favoravelmente com a descida da temperatura e com o facto de se fazer sentir menos vento, mas a extensão da frente ativa de fogo não o deixa otimista quanto à probabilidade de as chamas serem dominadas nas próximas horas.

“Gostaria de acreditar, mas será muito, muito difícil”, sublinhou.

Os dois incêndios que lavravam no concelho da Sertã desde sábado foram dominados, disse hoje à Lusa fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Depois do fogo em Mosteiro de São Tiago, Várzea dos Cavaleiros, ter sido dado como dominado às 04:25, a ANEPC indicou que o mesmo aconteceu com o de Rolã, pelas 04:45.

Em Mosteiro de São Tiago permaneciam pelas 05:10, 114 operacionais e 30 meios terrestres, já em Rolã continuam no terreno 266 operacionais e 81 meios.

Já o incêndio em Vila de Rei, ainda no distrito de Castelo Branco, que ainda ao início da noite alastrou para o concelho de Mação, distrito de Santarém, ainda está ativo e é aquele que envolve mais elementos na luta às chamas.

Os três incêndios no distrito de Castelo Branco provocaram sete feridos ligeiros e um grave, indicou hoje o Comandante do Agrupamento Centro Sul da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

“Há sete feridos ligeiros, agentes da Proteção Civil, e um ferido grave, um civil com queimaduras”, afirmou o comandante Belo Costa, durante um ‘briefing’ realizado às 00:00 de domingo, para fazer o ponto da situação dos três incêndios que continuavam ativos no distrito de Castelo Branco.

Três dos feridos ligeiros resultaram de um acidente entre duas viaturas de bombeiros, e o ferido grave, um civil que sofreu queimaduras, foi transportado de helicóptero para Lisboa.

A ANEPC tem agendado um novo ‘briefing’ para as 08:00.