O presidente da ANMP, Manuel Machado, disse hoje aos jornalistas, no final de uma reunião do Conselho Diretivo, em Coimbra, que a “credibilidade” que os autarcas souberam consolidar ao longo do último mandato terá sido determinante para uma maior ida dos portugueses às mesas de voto.

“Registamos com apreço a redução da abstenção no ato eleitoral de dia 01. No congresso eletivo que me elegeu presidente, procurámos intervir para reduzir a abstenção e quisemos inverter essa tendência pelo trabalho de todos e pela credibilidade”, disse o também presidente da Câmara de Coimbra.

Nas autárquicas de 01 de outubro, a abstenção a nível nacional foi de 45%, um valor ligeiramente abaixo dos 47,4% registados em 2013, ano em que se atingiu a taxa de participação mais baixa de sempre em eleições locais, que se realizam desde 1976.

Machado explicou que os autarcas se mostraram ao longo deste mandato preocupados com a gestão das finanças autárquicas, de modo a que os municípios estivessem preparados para assumir a contrapartida nacional decorrente do Portugal 2020.

“O número de câmaras em situação de rutura financeira foi substancialmente reduzido e criámos um fundo de apoio municipal, mas não um banco. Hoje, o número de câmaras em situação preocupante é reduzidíssimo. Mesmo essas, com o apoio partilhado da associação, têm melhorado a situação financeira. São resultados importantes. Foi assim que contribuímos para que Portugal saísse do procedimento penalizante e penalizador do défice excessivo. Solidariamente, assumimos estes objetivos como centrais”, concluiu o responsável.

Na reunião de hoje, que decorreu sob o signo da unanimidade, também foi confirmada a realização de novo congresso eletivo, a 09 de dezembro, em Portimão, como já tinha sido anunciado.