Em Évora, falando numa iniciativa autárquica, Ana Catarina Mendes declarou-se "espantada" com declarações dos responsáveis do PSD sobre fundos comunitários e um alegado mau uso ou bloqueio dos mesmos pelo atual executivo.
Passos Coelho e Luís Montenegro, advogou a socialista, "foram dois dos rostos que desperdiçaram, mal negociaram e bloquearam os fundos comunitários e empobreceram" as autarquias e as pessoas.
"Investir nas empresas significa investir na sua inovação e no emprego qualificado que queremos ter em Portugal", declarou Ana Catarina Mendes.
Depois, a 'número dois' do PS disse que quando o atual Governo iniciou funções havia quatro milhões de euros de fundos para disponibilizar pelas empresas, e no final de 2016 esse valor era de 416 milhões de euros, ao abrigo do programa Portugal 2020, e "no final de 2017 mil milhões de euros estarão disponibilizados para as empresas".
"Em Portugal é possível trilhar um caminho diferente da austeridade, e por isso tem de ser possível nos restantes países da Europa", disse ainda Ana Catarina Mendes, lembrando que é preciso "saber negociar na Europa os fundos comunitários, as prioridades para cada país, cada terra".
E concretizou: "A direita [PSD/CDS-PP] negociou mal o atual quadro comunitário e deixou bloqueada a utilização dos fundos comunitários".
Numa intervenção particularmente crítica para com PSD e CDS-PP, Ana Catarina Mendes acusou ainda estes partidos de, quando estiveram no governo, terem feito "cortes assustadores" no financiamento das autarquias, o que "limitou a capacidade de dar resposta às pessoas" e aos seus problemas.
No atual mandato, o executivo municipal de Évora é composto por quatro eleitos da CDU, dois do PS e um da coligação PSD/CDS-PP.
O PS avança com a candidatura de Elsa Teigão à autarquia alentejana, tendo a socialista inaugurado a sessão desta noite - no Palácio Dom Manuel - dedicada ao "Futuro de Évora" e que contou com uma intervenção da secretária-geral adjunta do partido.
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