Fonte judicial disse à agência Lusa que o coletivo de juízes deu como provados os factos de que os dois arguidos, de 41 e 22 anos, sem cadastro criminal, vinham acusados, condenando-os a 25 anos de prisão, em cúmulo jurídico.

Um dos arguidos, de 41 anos, estava acusado de um crime de homicídio, outro de homicídio na forma tentada, três crimes de roubo agravado, três de sequestro agravado e dois de detenção de arma proibida.

O outro arguido, de 22 anos, vinha acusado de um crime de roubo agravado e outro de violação.

O tribunal absolveu-os do crime de omissão de auxílio.

De acordo com a acusação, a que a agência Lusa teve acesso, os suspeitos delinearam um plano para entrarem na casa de vizinhos, na localidade de Sobral, com o intuito de se apoderarem de dinheiro das vítimas, sob ameaça ou violência física se necessário.

Na madrugada do dia 25 de agosto de 2019, decidiram concretizar o plano, aproximando-se da casa com o pretexto de pedir socorro para a mãe de um deles.

Os residentes da habitação, um homem de 76 anos e doente oncológico e a sobrinha, de 54, abriram a porta para prestar auxílio e os dois alegados agressores entraram, um deles com uma réplica de arma empunhada. Perguntaram por dinheiro, ouro e cartões multibanco, agredindo o homem a murros, pontapés e pancadas na cabeça com a arma.

Depois, amarraram os pulsos das duas vítimas e sob ameaça de arma de fogo obrigaram-nas a facultar os cartões multibanco e respetivos códigos, a aceder ao cofre da residência e a facultar uma arma de fogo e os respetivos telemóveis.

Do cofre, retiraram quatro mil euros em notas de 20 euros e ainda moedas em ouro. Apoderaram-se ainda de outra quantia de dinheiro não apurada.

Um dos arguidos levou a mulher até ao quarto e obrigou-a ter relações sexuais.

Depois, dirigiram-se à garagem da moradia, apoderaram-se de um dos veículos, obrigaram as vítimas a entrar e levaram-nas até uma zona isolada num eucaliptal, na freguesia de São Bartolomeu, no mesmo concelho.

Aí, voltaram a agredir o homem e dispararam um tiro na cabeça da mulher.

Convencidos de que as vítimas já estariam mortas, abandonaram o local sem lhes prestar auxílio e deixando-as amarradas de pés e mãos.

Com a viatura roubada, deslocaram-se a Cascais, também no distrito de Lisboa, e depois ao Porto, onde a abandonaram.

Seguiram depois para Vila Real, Guarda e León, em Espanha, onde foram detidos, após mandados europeus, e entregues às autoridades portuguesas.

As vítimas receberam assistência hospitalar na sequência das lesões sofridas. A mulher sobreviveu, após ser operada, e o homem acabou por morrer em dezembro de 2019, na sequência dos ferimentos causados.

Em 30 de julho desse ano, também na localidade do Sobral, um dos arguidos dirigiu-se a casa de um vizinho, apontou-lhe uma faca para entrar no interior da sua residência e, sob ameaça de arma de fogo, roubou-lhe uma televisão, um computador e uma consola.

Em 13 de agosto, na mesma localidade, os dois arguidos deram boleia a um homem e, alterando o trajeto, levaram-no para um local ermo e furtaram-lhe a carteira. Abandonaram-no de madrugada junto ao Terminal Rodoviário da Lourinhã.

Os dois arguidos aguardavam julgamento em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Caxias.

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