“Que esta trégua - que saudamos - se transforme em permanente e se desenvolva para um cessar-fogo permanente”, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, no final de um encontro com os homólogos português, João Gomes Cravinho, e eslovena, Tanja Fajon, em Ramallah, Cisjordânia.

No encontro, os três governantes abordaram perspetivas sobre o “dia seguinte” na Faixa de Gaza, após a guerra com Israel.

“Concordámos em muitos aspetos em como antevemos o dia seguinte e como devemos trabalhar juntos para garantir que desta crise saia uma oportunidade e tomar partido dessa oportunidade para garantir que esta guerra seja a última guerra a acontecer”, declarou Riyad al-Maliki, que sublinhou o empenho da Autoridade Palestiniana na resolução do conflito.

“Estamos muito empenhados e dispostos, como Governo e Estado palestiniano, a fazer o que é necessário com a comunidade internacional para garantir que a guerra termine, que a matança acabe, que o cessar-fogo se torne permanente e que a assistência humanitária flua e alcance toda a gente, não só no sul mas também no norte”, garantiu o chefe da diplomacia da Palestina.

O seu executivo, reiterou, está disposto a trabalhar “de forma próxima com Portugal e Eslovénia, juntamente com a União Europeia (UE) e a Liga Árabe” para “contemplar esta oportunidade e garantir que mais nenhuma criança ou mulher palestiniana ou israelita é morta”.

Al-Maliki sublinhou a necessidade de prestar atenção ao “sofrimento de 2,5 milhões de palestinianos em Gaza” e que é necessário perceber “como lhes devolver comida, água, eletricidade, combustível, atenção médica, mas também esperança de que o bombardeamento e a matança os poupe e de que o futuro seja muito melhor que hoje”.

“A ocupação deve chegar ao fim e a Palestina deve usufruir de liberdade como qualquer outro povo no mundo”, salientou, afirmando que o seu Governo procura “paz e justiça na Palestina, em Israel e em toda a parte”.

O governante palestiniano deplorou “o deslocamento forçado da população” em Gaza e apontou como “inaceitável” a reocupação de Gaza “no seu todo ou em parte”.

*Por Joana Haderer (texto), da agência Lusa