Imagens transmitidas pela televisão pública do país mostram que o aparelho se despenhou num bairro residencial.
Inicialmente, as autoridades tinham informado que viajavam a bordo da aeronave 99 passageiros e oito membros da tripulação, mas entretanto esclareceram que eram 91 passageiros e sete membros da tripulação.
O presidente da Câmara de Carachi, Wasim Akhtar, dissera que todos os que estavam a bordo teriam morrido, mas as autoridades da aviação civil paquistanesa informaram mais tarde acreditar que haja pelo menos dois sobreviventes.
As emissoras televisivas locais, por seu lado, estão a reportar que pelo menos seis passageiros, que voavam na primeira fila do avião, poderão ter sobrevivido, tendo sido já resgatados pelas equipas de salvamento.
Os dois responsáveis pronunciaram-se sob anonimato pelo facto de não estarem autorizados a prestar declarações aos 'media', indicou a agência noticiosa Associated Press (AP).
Diversas testemunhas referiram que o Airbus A320 terá tentado aterrar duas ou três vezes antes de se despenhar numa área residencial perto do aeroporto internacional Jinnah. Esta área residencial, conhecida como Model Colony, é uma zona pobre e com forte densidade populacional.
O presidente do município de Carachi disse que pelo menos cinco ou seis casas foram destruídas no embate. No imediato não foram reveladas as vítimas entre as pessoas que habitam neste bairro.
Carachi, sul do Paquistão, junto ao oceano Índico e com 16 milhões de habitantes, é considerada a capital financeira do país asiático.
A autoridade de aviação civil também indiciou que o piloto emitiu um pedido de socorro ao indicar que tinha perdido um motor. Estava a tentar aterrar no aeroporto das proximidades quando o avião se despenhou.
Um residente da zona, Abdul Rahman, disse ter visto o avião circular pelo menos três vezes, parecendo tentar aterrar, antes de cair sobre várias casas.
A polícia e os militares isolaram a área e o exército indicou na rede social Twitter ter enviado para o local do acidente uma força de intervenção rápida.
O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, usou a sua conta na rede social Twitter para lamentar o acidente, dizendo-se “chocado e triste” e prometendo um inquérito imediato às circunstâncias da tragédia.
A catástrofe acontece alguns dias após o Paquistão ter autorizado o recomeço dos voos comerciais internos. Durante mais de um mês, as ligações domésticas estiveram suspensas para evitar a propagação do novo coronavírus e realizaram-se raros voos internacionais.
O pior acidente de viação nos últimos anos no Paquistão ocorreu em 2010. Um Airbus 321 do da empresa privada Airblue, voando de Carachi para Islamabad, caiu nas colinas pouco antes de aterrar na capital, matando as 152 pessoas a bordo.
[Notícia atualizada às 15:39]
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