“A água está a entrar em várias salas, na secção de processos, gabinetes dos magistrados, corredores, sala de espera e sala de audiências. Isto acontece há vários anos, mas está cada vez pior”, denunciou.

Segundo a mesma fonte, a água da chuva tem sido aparada por caixotes do lixo, bacias e baldes de plástico, para evitar que alguém escorregue e para proteger os processos.

Contactado pela agência Lusa, o juiz presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Coimbra, Carlos Oliveira, confirmou “infiltrações no interior do edifício”, que vão ocorrendo “sempre que chove mais”.

“As infiltrações vêm ocorrendo desde 2007 e têm-se agravado desde 2019”, informou.

De acordo com o magistrado, “já não dá para se fazerem remendos no Tribunal de Oliveira do Hospital”.

“O edifício precisa de um telhado novo com urgência”, acrescentou.

A área de competência da Comarca de Coimbra abrange o espaço geográfico dos municípios de Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares

O Plano Plurianual de Investimentos na Área da Justiça, publicado em Diário da República no início do mês, prevê um investimento de 17 milhões de euros na área da Comarca de Coimbra, nos próximos quatro anos, no entanto, não prevê obras para o Tribunal de Oliveira do Hospital.

O investimento de mais de 17 milhões de euros contempla o novo Palácio da Justiça para a sede de comarca, em Coimbra, que vem sendo reivindicado há várias décadas, para além de algumas intervenções nos tribunais de Cantanhede, da Figueira da Foz e de Montemor-o-Velho.