“Há, neste momento, uma hipocrisia da direita que, não querendo mudar nada do que diz respeito à floresta” ou “à Proteção Civil, pede responsabilidades políticas, mas não quer tirar consequências políticas do que tem sido feito e do que tem de mudar no país”, criticou.

Durante a apresentação dos candidatos do Bloco de Esquerda (BE) a Évora nas eleições autárquicas de 01 de outubro, Catarina Martins disse que o seu partido “tem estado muito atento ao que aconteceu”, relativamente aos incêndios na região centro.

O BE, frisou, “quer respostas a todas as perguntas que ainda não tiveram resposta e leva muito a sério a afirmação de que as respostas determinam também a responsabilidade política”.

E, “nestas matérias, há, seguramente, responsabilidade política”, afirmou, salientando que é preciso que “se saiba tudo” e que “se retirem as consequências necessárias de tudo o que se passou, as políticas e as técnicas”.

“O que ninguém conta com o BE, nesta matéria, como em nenhuma outra, é para o concurso sobre qual é o pedido de demissão mais rápido, enquanto se esquece a investigação necessária das causas do que aconteceu e a alteração necessária das políticas”, alertou.

Segundo a líder do Bloco, “face à dimensão da tragédia”, é necessário que o país mude, “seja na Proteção Civil, seja na prevenção ou seja na reforma florestal”.

Na sua intervenção, na apresentação dos candidatos autárquicos a Évora, Catarina Martins defendeu também que o Governo deve aproveitar “a possibilidade” para recorrer aos fundos comunitários de prevenção de catástrofe.

“Existe, neste momento, a possibilidade, e existe nas próximas semanas, de Portugal recorrer aos fundos de prevenção de catástrofe para fazer despesas tão importantes” como “o cadastro florestal, ou seja”, para começar “a reforma da floresta”.

Para que esses fundos sejam aproveitados, “o BE não pode intervir diretamente”, mas “é essencial que o Governo não perca esta oportunidade” e que “possa pedir a ativação dos fundos de prevenção de catástrofe para a reforma da floresta”, porque esta “é a única forma” de prevenir “novas catástrofes”, frisou.

A cabeça-de-lista do BE à Câmara de Évora, nas autárquicas deste ano, é a jurista Maria Helena Figueiredo, já foi a candidata do partido em 2013, na altura como independente, agora como militante.

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