Mustafa Bali, um porta-voz das Forças Democráticas Sírias, confirmou que o bebé morreu num campo no norte da Síria, mas não forneceu mais pormenores.
Num dia de informações contraditórias sobre o estado da criança, o advogado Tasnime Akunjee escreveu na rede social Twitter ter “fortes indicações, embora ainda não-confirmadas, de que o filho de Shamima Begum morreu”.
“Ele era um cidadão britânico”, sublinhou, escusando-se também a fornecer mais pormenores.
A seguir, Bali escreveu no Twitter que os relatos da morte eram “falsos” e que o bebé estava “vivo e de saúde”, mas mais tarde apagou essa mensagem sem explicação, e pouco depois confirmou que o recém-nascido morrera.
O Governo britânico não conseguiu, até agora, confirmar as informações.
Begum tinha 15 anos quando deixou Londres em 2015, com duas amigas, com destino à Síria, onde tencionavam casar-se com combatentes do EI, numa altura em que o programa de recrutamento ‘online’ do grupo ‘jihadista’ atraiu muitos jovens impressionáveis para o seu autoproclamado califado.
A adolescente britânica reapareceu recentemente num campo de refugiados e deu à luz no mês passado.
Agora com 19 anos, Shamima Begum disse à imprensa que queria criar o filho no Reino Unido, mas que o Governo lhe tinha retirado a cidadania. Contou também que tinha perdido duas outras crianças, devido a subnutrição e doença.
O seu marido holandês ‘jihadista’, Yago Riedijk, que está num centro de detenção gerido por curdos, declarou na semana passada que queria regressar à Holanda com Begum e o filho de ambos.
O ministro do Interior britânico, Sajid Javid, anunciou no mês passado que tinha retirado a nacionalidade a Begum, embora afirmando que não tomaria uma decisão que tornasse uma pessoa pária.
Javid confirmou também que o filho de Begum era um cidadão britânico, apesar de acrescentar que seria “incrivelmente difícil” facultar o retorno de uma criança da Síria.
Os pais de Begum, nacionais do Bangladesh, dizem que ela não tem dupla nacionalidade e anunciaram ter planos para contestar a decisão do Governo britânico de retirar à filha a sua única nacionalidade.
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