Já nasceu a primeira filha de Jacinda Ardern, primeira-ministra da Nova Zelândia, que se torna, assim, na segunda líder mundial eleita a dar à luz enquanto cumpre o mandato. A criança nasceu em Auckland, com 3,31 Kg.

Numa mensagem partilhada nas redes sociais, Ardern dá as boas vindas à criança. "Bem-vinda à nossa aldeia, pequenita", pode ler-se.

Ardern, de 37 anos, passa agora as responsabilidades para o vice-primeiro-ministro Winston Peters. A líder neozelandesa irá gozar de seis semanas de licença de maternidade.

Eleita em outubro do ano passado, Ardern anunciou a gravidez em janeiro deste ano. Na altura, dizia que a gravidez foi "inesperada mas entusiasmante", tanto para ela como para o marido.

"Não serei a primeira mulher que trabalha e tem um bebé", dizia então a líder neozelandesa. "Sei que estas são circunstâncias especiais, mas há muitas mulheres que já o fizeram antes de mim".

Durante a campanha para as legislativas, que a levaram ao poder em outubro, poucos meses depois de assumir a liderança do Partido Trabalhista, Ardern esteve no centro de uma polémica sexista, ao ser questionada sobre as consequências de uma eventual maternidade.

"É totalmente inaceitável considerar em 2017 que as mulheres devem responder a esta questão", respondeu então Jacinda Ardern. "A escolha do momento para ter filhos pertence às mulheres. Isso não deve determinar poder ou não conseguir um emprego".

A política disse não duvidar "que os tempos mudaram", permitindo às mulheres desempenharem vários papéis.

"Muitas mulheres abriram caminho pouco a pouco e permitiram que as pessoas me vejam a exercer o poder e pensar 'sim, ela pode fazer o trabalho e ser mãe'", sublinhou já em janeiro a primeira-ministra.

A responsável neozelandesa é das poucas chefes de Governo a engravidar durante o mandato, indicou a rádio Nova Zelândia, lembrando que uma das primeiras foi a paquistanesa Benazir Bhutto, em 1990.

A primeira-ministra trabalhista assumiu o cargo em outubro passado, ao concluir um acordo de Governo com os verdes e um partido nacionalista, na sequência das eleições de setembro que puseram fim a nove anos de poder dos conservadores.

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