“A Finlândia e a Suécia estão mais próximas do que nunca de aderirem [à NATO]. Estamos mais unidos do que nunca e, com a adesão da Suécia e da Finlândia, vamos ficar mais fortes do que nunca. Têm [os dois países] Forças Armadas muito potentes, vamos aumentar a fronteira da NATO em mais de 800 milhas na fronteira entre a Finlândia e a Rússia”, afirmou Joe Biden.

O Presidente dos Estados Unidos falava em conferência de imprensa no Parque de Exposições de Madrid, no nordeste da capital espanhola, no fim da cimeira de chefes de Estado e de Governo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês).

Biden, que se deslocou à Europa para participar na cimeira da NATO mas também do G7 (as sete maiores economias mundiais), defendeu que, “em todos os passos” dessa viagem, foram estabelecidos “marcos de união, de determinação e de forte capacidade das nações democráticas do mundo de fazer o que é necessário”.

“O [Presidente da Federação Russa, Vladimir] Putin pensou que podia quebrar a aliança transatlântica. Tentou enfraquecer-nos, pensou que a nossa determinação se ia fraturar, mas está a ter exatamente o oposto do que queria. Ele queria a ‘finlandização’ da NATO, mas obteve a ‘natoização’ da Finlândia”, frisou.

“Antes de a guerra começar, avisei Putin que, se ele invadisse a Ucrânia, a NATO não só ficaria mais forte, mas também mais unida, e iríamos ver as democracias do mundo a oporem-se à sua agressão e a defender uma ordem internacional baseada em regras. É exatamente isso que estamos a ver hoje”, acrescentou.

O Presidente norte-americano qualificou a cimeira da NATO como “histórica”: “Esta cimeira era sobre fortalecer a nossa Aliança, enfrentar os desafios do nosso mundo como está atualmente e as ameaças que vamos enfrentar no futuro”.

Biden abordou o Conceito Estratégico aprovado pela Aliança em 2010 em Lisboa — onde a Rússia era considerada um “parceiro” e a China não era mencionada — contrapondo-o com o Conceito Estratégico adotado nesta cimeira que hoje termina na capital espanhola, que identifica a Rússia como a principal ameaça para o espaço euro-atlântico.

“O mundo mudou, e mudou muito [desde 2010], e a NATO também está a mudar”, frisou.