“Muitas pessoas pensaram que eu estava a exagerar” ao falar sobre um ataque russo à Ucrânia antes de começar, disse o Presidente dos EUA numa receção em Los Angeles, destinada a arrecadar fundos para o Partido Democrata.
“Mas eu sabia que tínhamos informações nesse sentido. (O Presidente russo Vladimir Putin) ia cruzar a fronteira. Não havia dúvidas e Zelensky não quis ouvir”, acrescentou Biden perante a imprensa.
Os Estados Unidos começaram a alertar sobre os preparativos para uma invasão da Ucrânia muito antes de o Presidente russo anunciar em 24 de fevereiro uma “operação especial” contra o país.
Esses avisos despertaram a descrença e críticas mais ou menos veladas de alguns aliados europeus, que na época consideravam os Estados Unidos muito alarmistas.
Embora Zelensky se tenha destacado e consolidado a liderança com o início da agressão russa, a sua preparação para a invasão — ou a falta dela — continua a ser uma questão controversa.
Nas semanas antes do início da guerra, em 24 de fevereiro, Zelensky chegou publicamente a irritar-se quando funcionários do governo Biden o alertaram repetidamente que uma invasão russa era altamente provável.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e nessa operação já morreram mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A operação militar causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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